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 | 31/12/2008 11h40min

Presidente do Corinthians diz estar desanimado com Herrera

Andrés Sanchez admitiu que torce contra propostas pelo jogador

O Corinthians não conta com o atacante Herrera para 2009. Na terça-feira, o presidente Andrés Sanchez anunciou a chegada de mais um reforço para a posição do argentino: Souza, que estava no Panathinaikos. Também já havia contratado Ronaldo e Jorge Henrique e ainda sonha com Kléber, jogador do Palmeiras até o último dia do ano.

– Estou desanimado quanto ao Herrera  assentiu Sanchez. Os direitos econômicos do atleta (provavelmente o maior ídolo dos torcedores em 2008) são divididos entre o Gimnasia y Esgrima de La Plata (50%), o San Lorenzo e o empresário Raúl Delgado (25%). Estão avaliados em cerca de US$ 2,5 milhões – quase R$ 6 milhões, o dobro do que foi pago por Souza.

A diretoria do Corinthians alega que a alta do dólar provocada pela crise financeira internacional inviabilizou a aquisição de Herrera. Antes, chegou a propor o parcelamento da compra em 20 vezes, oferta que não seduziu o Gimnasia y Esgrima. Segundo o diretor-técnico Antônio Carlos, o maior empecilho para a transação vingar eram os 15% do valor a que Herrera teria direito no negócio. O jogador abriu mão de sua participação.

Sanchez, então, tentou manter o atacante no Parque São Jorge através de outro empréstimo, por mais um ano. Ofereceu US$ 400 mil (mais de R$ 900 mil) aos clubes argentinos e o mesmo contrato que já havia acordado com Herrera, válido por três temporadas e com aumento salarial.

– O problema é que chega uma hora em que não querem mais emprestar. Tentamos até tabelar o dólar, mas eles foram irredutíveis. O objetivo deles é vender por aquele preço, e eu entendo isso – lamentou.

Desligado do Corinthians, Herrera já recebeu sondagens de Flamengo e Grêmio, seu ex-clube. A única solução para ele jogar ao lado de Ronaldo em 2009 seria o Gimnasia não conseguir vendê-lo pelo valor pretendido e, enfim, aceitar a proposta de empréstimo feita por Sanchez. Até o momento, entretanto, o clube argentino sequer a respondeu.

– Os argentinos são difíceis de negociar. Mas é normal, já que eles têm a mercadoria que nós queremos – disse o presidente Andrés Sanchez, apegado à última (e com chances remotas de vingar) esperança do Corinthians. – Se eles não receberem nenhuma proposta pela compra do Herrera, estamos de portas abertas para o jogador voltar a qualquer momento – torceu.

 
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