| 30/12/2008 17h02min
Sempre que se referia às despesas com contratações do Corinthians, nesta terça-feira, o presidente Andrés Sanchez pedia uma receita para "comprar de graça". A ironia era destinada aos dirigentes do São Paulo, que costumam se orgulhar por atrair jogadores sem contratos em vigência.
– Queria saber a fórmula para comprar de graça. Talvez um dia a gente chegue lá – desabafou Sanchez, irritado, mas sem mencionar o nome do arqui-rival. – Não citei o São Paulo em nenhum momento. O problema é que tem gente que acha que contrata por causa de CT, essas balelas.
Para 2009, o Corinthians já acertou com os atacantes Ronaldo, Souza e Jorge Henrique, os zagueiros Sergio Escudero e Jean e o volante Túlio. O último, por exemplo, conseguiu liberação de seu vínculo com o Botafogo.
– Mesmo assim, a gente precisa pagar luvas, comissão, tudo. Um jogador de graça custou R$ 2,5 milhões para o rival. E ainda falam que é de graça – esbravejou Sanchez.
O presidente do Corinthians ressalvou que não endereçou a crítica ao colega Juvenal Juvêncio, do São Paulo, mas aos aliados dele. As brincadeiras do superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha são as que mais incomodam.
– Todo mundo sabe de quem estou falando – disse Sanchez, gesticulando.
Cunha, por exemplo, comparou o Corinthians aos clubes pequenos do interior de São Paulo, que geralmente se preparam com antecedência para o Campeonato Paulista. Enquanto seus rivais estão de férias, a equipe dirigida por Mano Menezes já realiza pré-temporada.
– Como dizem, time pequeno se prepara antes – enfezou-se mais uma vez Andrés Sanchez.
Andrés Sanches, ao lado de Ronaldo, respondeu aos dirigentes do São Paulo
Foto:
Sebastião Moreira, EFE
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