| 22/12/2008 18h15min
A alta na cotação do dólar e os juros foram os principais fatores que elevaram a dívida pública federal, em 2,16%, no mês de novembro. A dívida chegou a R$ 1,374 trilhão, de acordo com dados divulgados na tarde desta segunda-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional. A dívida pública inclui a dívida interna e a externa.
O mês de novembro foi o quarto mês consecutivo de alta da dívida. Em outubro, o Brasil já havia voltado a dever em dólares no mercado interno. Isso não acontecia desde dezembro de 2005. Em outubro, a dívida somava R$ 1,345 trilhão.
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Guilherme Binato Villela Pedras, explicou que o aumento da dívida é um reflexo da crise financeira mundial, já que o Banco Central precisou atuar fortemente na emissão de contratos de swap cambial (que trocam os juros pela variação do dólar) para conter a subida da moeda americana.
O uso desse instrumento faz com que o Banco Central se endivide em dólar
e em juros. Esses contratos
consistem na venda de dólares no mercado futuro (o que contribui para uma pressão menor sobre o dólar negociado à vista). No mês de outubro, o BC emitiu R$ 46,99 bilhões em contratos de swap cambial. Já em novembro, emitiu mais R$ 19,6 bilhões.
Pedras explicou que o aumento da dívida é um reflexo da crise financeira mundial
Foto:
Wilson Dias/Abr
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