| 22/12/2008 13h46min
A Petrobras pretende aumentar os investimentos em 2009, apesar do adiamento de seu plano estratégico devido à brusca queda do preço do petróleo, que colocou em questão a viabilidade de algum dos projetos da empresa, afirmou hoje seu presidente, José Sérgio Gabrielli.
— Todos os projetos novos estão sob análise. Decidimos não aprovar o plano pelas incertezas que a gigantesca queda do preço do petróleo nos últimos meses trouxe e porque a cadeia da indústria de abastecimento é mais lenta para adaptar seus preços — disse Gabrielli em um café-da-manhã com a imprensa.
Apesar da volatilidade dos preços, a Petrobras calcula que seus investimentos em 2008 rondarão os R$ 50 bilhões e R$ 55 bilhões e que superarão este valor em 2009. O diretor acredita que os custos vão cair em toda a cadeia de produção, mas admitiu que "ninguém sabe" nem a data nem a magnitude das reduções.
— O preço do aço caiu 40% e o preço das sondas, do transporte, dos materiais de
equipamentos e dos serviços vai cair —
explicou.
Gabrielli lembrou que a projeção de preços do petróleo com os quais são elaborados os planos de negócios é conservadora. Ele acrescentou ainda que a avaliação de custos é "muito conservadora", para "não pôr em risco" o fluxo de caixa da empresa devido à volatilidade dos preços.
O presidente da Petrobras insistiu em que o projeto mais importante da companhia, a prospecção das gigantescas reservas encontradas na área do pré-sal, em águas profundas do Atlântico, é "viável" com o barril de petróleo entre US$ 40 ou US$ 50. O diretor de produção da empresa, Guilherme Estrella, afirmou que o grupo de trabalho que estuda este projeto registrou "grandes avanços" na redução de custos nessa área. Estrella lembrou que adiar o plano de negócios da Petrobras permitirá oferecer "mais precisão" nas expectativas e apostou em continuar reduzindo custos para "tornar ainda mais atraentes" os investimentos no pré-sal.
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