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 | 20/12/2008 04h41min

Arena começará a ser erguida em seis meses e deve ficar pronta em 2012

Contrato foi firmado na sexta-feira

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Em seis meses, um canteiro de obras com pelo menos 1,5 mil operários estará instalado no bairro Humaitá, zona norte da Capital, para iniciar a construção da arena do Grêmio. A previsão foi feita ontem por Louzival Mascarenhas Júnior, diretor comercial da OAS, após a cerimônia de assinatura do contrato para a execução do projeto.

A previsão é de que a arena esteja erguida dentro de 30 meses. Se o cronograma for cumprido à risca, o Grêmio terá trocado de casa no primeiro semestre de 2012. A arena será construída sobre um terreno de 30 hectares, adquirido pela OAS por R$ 53 milhões. Como parte do negócio, o Olímpico, inaugurado em 1954, será demolido para que a construtora instale em seu lugar um conjunto de prédios residenciais e comerciais.

Aprovada ontem na Câmara de Vereadores, a Secretaria Extraordinária da Copa 2014 (Secopa), terá papel decisivo para que a arena saia do papel. Ela será coordenada por José Fortunatti, que deixa a secretaria municipal de Planejamento para dedicar-se exclusivamente ao projeto que fará de Porto Alegre uma das cidades-sede do Mundial. A arena receberá a mesma atenção que será dada ao plano de remodelação do Beira-Rio, estádio já previamente escolhido para sediar jogos da Copa.

Odone homenageou o vice Antonini

Conselheiro do Grêmio, Fortunatti, que vestia ontem uma camisa alusiva à Copa de 2014, explica que o passo seguinte à assinatura do contrato é o licenciamento da obra. Na seqüência, virá o estudo de viabilidade urbanística, que inclui questões como o impacto ambiental da obra no local de sua construção. Após ser concluído, o estudo precisará ser aprovado pelo Conselho do Plano Diretor.

– Não há um prazo definido para a realização dessas etapas. Tentaremos agilizar ao máximo. Trata-se de um grande empreendimento para a cidade – afirma Fortunatti.

A assinatura, seguida por brindes de champanha, lotou a sala da presidência. O presidente Paulo Odone chegou a desculpar-se pelo fato de a sala ser “acanhada”. Além de conselheiros, dirigentes e representantes da OAS,compareceram o prefeito José Fogaça, o presidente da Assembléia Alceu Moreira e o presidente da Câmara de Vereadores, Sebastião Melo.

Em seu discurso, utilizado também como uma pré-despedida do cargo, que passa segunda-feira a Duda Kroeff, Odone homenageou o vice de plajenamento Eduardo Antonini. Há três anos envolvido com o projeto da arena, Antonini ficou fora da Grêmio Empreendimentos.

– Talvez ninguém tenha contribuído tanto para este projeto quanto ele. A torcida deve a ele o reconhecimento público – disse Odone, provocando o aplauso dos presentes ao ex-vice.

– Foi um grande dia. No fundo, o que fica de bom é a própria arena e a aprovação da torcida ao meu nome – afirmou Antonini.

Etapas a serem cumpridas
> Junto com o projeto de remodelação do Beira-Rio, a construção da arena do Grêmio precisará ser aprovada em sessão da Câmara de Vereadores, no próximo dia 29
> Caso o projeto seja aprovado, o passo seguinte é o licenciamento da obra junto à prefeitura municipal
> Em seguida, terá início o estudo de viabilidade urbanística da obra, que precisará ser aprovado pelo Conselho do Plano Diretor
> As obras terão início no segundo semestre de 2009, gerando inicialmente pelo menos 1,5 mil empregos diretos
> Depois de concluída a arena, em 2012, o Olímpico dará lugar a um conjunto de prédios residenciais e comerciais

 
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