| 11/12/2008 16h29min
O governo pretende criar novas alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), todas abaixo do teto atual, que é de 27,5%, para dar um alívio à classe média e liberar dinheiro para o consumo. Segundo uma fonte, o Ministério da Fazenda deve instituir uma faixa de 7,5% e outra de 22,5% na tabela. Essa medida, que faz parte do arsenal anticrise do governo, estava em discussão na quarta-feira no ministério para ser submetida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A reforma da tabela do IRPF era, segundo se discutia, a peça principal do minipacote de bondades que poderá ser divulgado ainda nesta quinta. Além do alívio aos assalariados, estava sobre a mesa o corte do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para pessoas físicas e jurídicas — uma forma de reduzir o custo do crédito, tão criticado por governo e empresários.
A indústria também pode ser beneficiada com reduções pontuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). As montadoras são fortes
candidatas a esse benefício. Os
técnicos haviam descartado outras propostas ventiladas, como a desoneração da folha e a dispensa temporária de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A grande dificuldade, na quarta, era acomodar as medidas na previsão de arrecadação de 2009. Existia um limite para as bondades, que era algo em torno de R$ 15 bilhões. Para não ultrapassar esse valor máximo, medidas entravam e saíam do pacote a cada minuto.
— Está o maior quebra-pau — descreveu um auxiliar do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Um dos poucos pontos de concordância era a reforma da tabela do IRPF. Não se sabia, porém, qual seria a intensidade do alívio tributário. O mais provável é que o governo mantenha a correção das faixas atuais do imposto nos 4,5% já previstos em lei e, como novidade, institua duas novas alíquotas que se juntariam às atuais, de 15% e 27,5%. Com informações do jornal O Estado de São Paulo.
Novas faixas de IR,
caso o
governo confirme os valores
:
• zero (isento), quem ganha entre 0 e R$ 1434
• 7,5% para quem ganha entre R$ 1434 e R$ 2150
• 15% para quem ganha entre R$ 2150 e R$ 2866
• 22,5% para quem ganha entre R$ 2866 e R$ 3582
• 27,5% para quem ganha mais que R$ 3582
Entenda a crise
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