| 05/12/2008 04h32min
Autor do gol que deu o Mundial de 2006 ao Inter, Adriano Gabiru poderá se transformar em herói para o lado rival também. Basta ajudar o Goiás a bater o São Paulo para entrar na galeria de ídolos gremistas — no caso, claro, de o time gaúcho derrotar o Atlético-MG e, assim, conquistar o título do Brasileirão.
Na quarta-feira, ao meio-dia, Adriano falou por telefone com ZH. Estava almoçando em casa, no bairro residencial de Setor Bueno, em Goiânia, com a mulher, Andrea, e os filhos Isabele, seis anos, e os gêmeos Lucas e Luide, cinco. Mesmo na reserva, com 13 partidas disputadas e nenhum gol no Brasileirão, ele promete vitória sobre o São Paulo. Mas não por motivos tricolores.
Zero Hora — Sem Iarley, suspenso, você e Paulo Baier passam a ser as esperanças do Grêmio para derrotar o São Paulo. Já imaginou ser ídolo de colorados e também de gremistas?
Adriano Gabiru — (suspiros) Isso é complicado,
não quero responder. Venho entrando no segundo tempo, no
lugar do Júlio César (meia). Só sei que, se eu tiver oportunidade de marcar um gol, vou marcar.
ZH — Vocês conhecem o Bezerrão, onde será o jogo contra o São Paulo?
Gabiru — Não. Acho que treinaremos lá na sexta-feira ou no sábado, para ao menos reconhecer o gramado. Queríamos jogar no Serra Dourada. O Bezerrão estará cheio de são-paulinos. Perdemos por 2 a 1 no Morumbi, agora temos a chance de dar o troco. "Ochi", mas a torcida do Grêmio acha que teremos um jogo fácil? Pôxa, o São Paulo não perde há 17 jogos.
ZH — Vocês já receberam dinheiro do Grêmio para vencer o São Paulo?
Gabiru — Eu ainda não vi nada. Ainda (risos). Nem mala preta nem mala branca. Se tiver dinheiro na parada o contato foi entre as duas direções.
ZH — Você volta para o Inter em 2009?
Gabiru — Tenho contrato com o Inter até 2010. Não sei se gostaria de voltar. Acho que o Inter não quer que
eu volte, mas o meu empresário (o gaúcho Ricardo Ruchinski) está chegando aqui nesta semana. Pode trazer alguma novidade. Estou feliz no Goiás. Tenho amigos. O Iarley me ajuda muito aqui.
ZH — Sei que você evita o assunto, mas preciso insistir. Como você se sentiria sendo ídolo dos gremistas, caso ajude na conquista do título?
Gabiru — (suspiros e risos) Olha... você não vai parar de perguntar isso, né? Então tá: estou na história do Inter, e isso ninguém vai apagar. Não quero nem saber se posso entrar para a história do Grêmio. Ou se o São Paulo será campeão. Vou fazer o possível para que o Goiás vença. Tá bom?
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