| 01/12/2008 15h13min
A Petrobras manterá seus planos de investimento em longo prazo, apesar da crise financeira mundial, ressaltou nesta segunda-feira o diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Em tempos de crise "devem-se aproveitar as oportunidades e é quando se deve investir; é o momentos mais propício", afirmou ele.
A Petrobras investe uma média anual de US$ 20 bilhões em diversas frentes de pesquisa e operação. Seu novo plano corporativo para 2009-2013 será anunciado à imprensa e aos investidores entre 19 e 20 de dezembro, adiantou Costa.
Esse plano é aguardado há meses pela indústria petrolífera, pois seu anúncio foi adiado no meio da fase aguda da crise econômica global, que alterou as perspectivas de preços, de oferta e demanda de hidrocarbonetos e de bens e serviços.
O projeto vigente contemplava investimentos totais de US$ 112 bilhões entre 2008 e 2012, para consolidar a Petrobras como uma "corporação energética integrada". Agora,
a empresa se propõe a incorporar ao
plano os custosos projetos de prospecção e produção de petróleo e gás das jazidas do pré-sal, entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade no oceano Atlântico.
Costa assinalou que, somente para compensar a declinação natural das jazidas, o mundo precisa agregar 8,6 milhões de barris por dia à produção global. Os investimentos em produção são "obrigatórios" independentemente das variações na demanda, destacou.
— A Petrobras continua investindo e o pré-sal é a prioridade — disse o executivo aos jornalistas.
No entanto, deu a entender que a empresa dará prioridade a projetos já iniciados, especialmente em prospecção e produção, e em refino, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, investimento já em andamento de US$ 8 bilhões. Ele classificou de "miopia" a tese de que o cronograma desse e de outros projetos poderia ser alterado devido à queda dos preços do petróleo.
Antes de a crise se agravar, a Petrobras havia anunciado novos
investimentos de aproximadamente US$ 31 bilhões
em duas novas refinarias que produziriam cerca de 600 mil barris por dia à capacidade exportadora de combustível de alta qualidade. Está previsto que os produtos dessas refinarias comecem a ser vendidos em 2013 e que o mercado mundial de hidrocarbonetos se recupere no médio prazo, adiantou Costa.
— Assim como não achávamos que o preço do barril de petróleo a US$ 150 fosse 'real', também não achamos que o barril a US$ 50 seja sustentável por muito tempo — afirmou.
Entenda a crise:
EFEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2025 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.