| 29/11/2008 12h27min
A desburocratização para garantir agilidade na liberação dos recursos anunciados pelo governo federal para a recuperação do porto de Itajaí será decisiva para a regularização das exportações e importações em Santa Catarina. A avaliação foi feita pelo presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Alcantaro Corrêa, após reunião realizada na manhã desta sexta-feira com o diretor executivo do porto de Itajaí, Marcelo Salles, o superintendente do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) no estado, João José dos Santos, e o presidente da administração do porto de São Francisco do Sul, Paulo César Côrtes Corsi.
— Precisamos estar vigilantes para que a boa vontade manifestada pelo primeiro escalão do governo federal vire realidade e para que a burocracia não resulte em atrasos nos planos de reconstrução — disse Corrêa. O apelo será reforçado na próxima terça-feira durante visita do ministro dos Portos, Pedro Brito do Nascimento, a Itajaí.
No encontro,
Salles informou que a
completa recuperação do porto levará cerca de um ano, mas que a partir de quarta-feira Itajaí começará a movimentar cargas, com parte de sua capacidade de operação. A meta para 15 de dezembro é ter dois berços disponíveis e estar com uma operação "que tende à normalidade", nas palavras de Salles. Contudo, para isso a dragagem precisa iniciar na próxima semana. Isso é importante também para permitir que o porto de Navegantes, do outro lado do mesmo rio, possa absorver parte das cargas de Itajaí e operar normalmente.
Os portos de São Francisco do Sul e de Imbituba informaram à FIESC que estão tomando providências para ampliar sua capacidade de movimentação para absorver parte das cargas de Itajaí, enquanto as obras de recuperação do porto estiverem em curso. Imbituba, por exemplo, colocará em operação dois novos guindastes móveis e outros equipamentos, além de trabalhar para aumentar a área de estocagem de contêineres. Corsi, de São Francisco do Sul também anunciou novos equipamentos, mas
deixou claro
que há limitações nos volumes que podem ser absorvidos, uma vez que o porto já opera ocupando entre 80% e 90% de sua capacidade.
Na reunião desta sexta-feira, Santos, do DNIT, informou que até a próxima quarta-feira todas as rodovias deverão estar com o trânsito liberado, embora as obras de recuperação devam prosseguir.
Pesquisa mostra entraves
Levantamento realizado pela FIESC com 111 indústrias catarinenses mostrou que o principal entrave enfrentado pelo setor em decorrência das chuvas foi o escoamento da produção, com 67% das empresas informando que registraram dificuldades. Problemas no recebimento de matérias-primas foram sentidos por 64% das empresas e o não comparecimento de funcionários por 47% delas. O acesso aos portos foi mencionado por 43%, enquanto apenas 22% das indústrias responderam que não sofreram problemas decorrentes das fortes chuvas no estado. Do total de empresas participantes, 28% são do Vale do
Itajaí e 72% das demais regiões.
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