No Rio de Janeiro, vazou a informação de que o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, teria oferecido um "incentivo" de R$ 40 mil ao Botafogo para que o alvinegro carioca vença o Figueirense neste domingo, às 17h, no Engenhão. Na 18ª colocação, os cruzmaltinos estão com um ponto a menos que o time catarinense, na 17ª posição da tabela. Uma derrota do Figueira dá mais chances ao Vasco de escapar da degola.

O ato, conhecido como mala branca, é defendido pelo dirigente do Fluminense, Alcides Antunes, que considera normal que os times incentivem uns aos outros com injeções financeiras a fim de facilitarem a tabela de classificação da Série A.

— Não tenho nada contra. Vou dar um prêmio para o meu clube para ele ganhar um jogo. No momento em que você incentiva alguém a ganhar uma partida, é uma prática normal, pagar para perder é que é imoral e eu não acredito que jogador receba dinheiro para isso. Mas para ganhar, não vejo nada de anormal — afirmou Antunes, que ainda comparou o incentivo a um presente que se dá para uma mulher.

— Acho que a fórmula deve se conduzir de uma maneira normal. Ninguém dá presente à mulher quando ela vai embora. Você dá presente a uma mulher quando ela está com você. É um incentivo. Como se faz, como se chega, eu até não sei porque não tem uma maneira específica, eu não vejo o porquê de esconder isto (as negociações) — finalizou o dirigente do Fluminense.

O elenco botafoguense, ainda de acordo com informações do repórter Sérgio Guimarães, da rádio CBN/Diário, teria achado a proposta muito baixa. No Botafogo, porém, ninguém confirma. Também é interesse do Atlético-PR e do Náutico que o alvinegro carioca vença a partida.

O Botafogo já teria sido alvo da mala branca no jogo contra o Flamengo. O repórter da CBN/Diário citou que, na ocasião, o Grêmio teria oferecido R$ 200 mil pela vitória, já que o rubro-negro — vitorioso por 1 a 0 na partida — era um adversário direto pela liderança da competição na 33ª rodada da Série A.