| 23/11/2008 09h38min
A combinação de fatores que jogou a favor da economia brasileira nos últimos anos está mudando de direção. Desde o início da década, o Brasil aumentou suas exportações e cresceu em ritmo acelerado, aproveitando o que os economistas chamam de superciclo das commodities, uma alta recorde do preço das matérias-primas e produtos básicos.
Fazem parte desse movimento produtos em que o Brasil é forte, como soja, minério de ferro e aço. Agora, a crise financeira global está migrando numa velocidade surpreendente para o ambiente produtivo.
De julho à primeira quinzena de novembro, os preços das principais matérias-primas desabaram, em média, 42%, em dólar, segundo o índice CRB Reuters/Jefferies. As matérias-primas respondem por 65% das exportações.
E os exportadores estão sofrendo não só com a queda dos preços, mas com o encolhimento dos principais mercados. Estudo da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) mostra que os embarques para EUA,
Canadá e México (grupo do Nafta)
caíram 10,2%, de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2007.
Para a Europa, a queda é de 5,1%, segundo o economista Fernando Ribeiro, da Funcex. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Entenda a crise:
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