| 20/11/2008 19h04min
A maioria democrata do Congresso dos Estados Unidos deu até 2 de dezembro para que as montadoras Ford, General Motors (GM) e Chrysler apresentem um plano de viabilidade, como condição para que possam ter acesso a um pacote de ajuda pública.
Esta decisão representa uma segunda oportunidade para a indústria, depois que os máximos diretores das três empresas compareceram esta semana no Congresso para tentar convencer, sem sucesso, os parlamentares a conceder-lhes US$ 25 bilhões do dinheiro publico para sair da crise.
— Os executivos não convenceram o Congresso nem o povo dos EUA que têm um plano para sair da crise — disse o chefe da maioria democrata no Senado, Harry Reid, que mencionou que o Congresso poderia reunir-se de novo na semana de 8 de dezembro.
Tanto Reid quanto a presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disseram que, em dois dias de audiências, os chefes de Ford, GM e Chrysler não apresentaram uma proposta
convincente para tirar as companhias da
crise.
— Ninguém trouxe até agora um plano que possa ser aprovado pela Câmara e o Senado e promulgado pelo presidente George W. Bush — acrescentou Reid.
— A menos que nos mostrem um plano, não podemos mostrar-lhes o dinheiro — indicou Pelosi.
O Congresso pode sair do recesso parlamentar na semana do dia 8 de dezembro, segundo Reid e Pelosi, mas apenas se as montadoras oferecerem um plano aceitável.
Paralelamente, um grupo de senadores democratas e republicanos de Estados industriais chegou a um acordo sobre um plano de auxílio financeiro que daria acesso às firmas de automóveis a ajudas do departamento de Energia. Carl Levin, congressista democrata de Michigan, o bastião do automóvel nos EUA, explicou que os "Três Grandes de Detroit" poderão ter acesso ao dinheiro que tinha reservado o Departamento de Energia para promover a fabricação de veículos mais eficientes e ecológicos.
A idéia do grupo liderado por
Levin é uma alternativa à proposta que havia até agora sobre a
mesa, que era tirar o dinheiro para este setor do plano de resgate financeiro de US$ 700 bilhões, ao que se opunha a Casa Branca.
Entenda a crise:
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