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 | 18/11/2008 17h39min

Polícia estuda pedir a extinção das torcidas organizadas do Grêmio

Em vídeo na internet, torcedores comemoram agressões e fazem novas ameaças

Fábio Almeida  |  fabio.almeida@rdgaucha.com.br

Nesta terça-feira, uma equipe da delegacia de Homicídios ouviu uma das vítimas no hospital de Pronto Socorro. No domingo, os gremistas Marçal Lisandro Soares, de 30 anos, e Lucas Pereira Ballardin, 19, integrantes da torcida Máfia Tricolor foram baleados. Lucas foi atingido com um tiro na cabeça e Marçal no abdômen.

Além deles, a polícia ouviu parentes e integrantes das torcidas. Se o titular da delegacia de homicídios, Bolívar Llantada, confirmar a relação dos crimes diretamente com as torcidas, ele não descarta encaminhar o inquérito para o Ministério Público a fim de pedir a dissolução dos grupos organizados no Grêmio.

— Se esta conduta estiver intimamente relacionada com a ação da torcida em si, eu não terei alternativa se não enviar copia integral do inquérito para entrar com ação civil pública para acabar com as torcidas — antecipa Llantada.

— Porque o modo do crime está se baseando em elementos e fatos repugnantes: homossexuais fora da torcida, mulheres fora da torcida, preconceito e exclusão contra negros. Não podemos admitir atitudes desta natureza — completou o delegado.

Enquanto as investigações prosseguem, um grupo que denomina GAS, Geral Ataque Surpresa, postou um vídeo na internet comemorando as agressões de domingo e listando novos torcedores que podem sofrer atentados. O vídeo tem trilha sonora de uma marcha fúnebre e funk. Junto às imagens, há outro vídeo com conteúdo nazista. O texto de abertura diz o seguinte: estamos curando o câncer gremista.

 
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