| 13/11/2008 14h50min
O Juventude pode se complicar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A entidade prometeu analisar as denúncias do goleiro Felipe, que diz ter sido vítima de racismo durante a partida entre os dois clubes na noite de quarta-feira, no Alfredo Jaconi, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
Após o jogo, o goleiro do Corinthians afirmou que foi ofendido de forma racista durante toda a partida pelos torcedores localizados atrás das goleiras. Objetos também foram arremessados em direção ao banco de reservas da equipe paulista, obrigando o árbitro William Souza Nery a paralisar o jogo por alguns minutos para pedir reforço policial.
— Isto é gravíssimo, sim. Mas é preciso provas contundentes – disse o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, ao site Justiça Desportiva.
Como é difícil identificar os torcedores culpados pelo suposto ato de racismo, o clube é quem pode pagar a conta. Dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o 187 (ofensas morais) e 213 (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto), abordam a questão. As punições são rigorosas.
– O clube pode perder mando de campo, ser multado e, se for reincidente, ser excluído do campeonato – declarou Schmitt.
O procurador do STJD afirmou que vai pedir as imagens do jogo para analisar e decidir se cabe ou não a denúncia. Se for denunciado no artigo 187, o Juventude pode ser punido com multa de R$ 10 mil a R$ 200 mil e perda do mando de campo de uma a 10 partidas. Já o artigo 213 prevê a mesma pena e a exclusão do campeonato, no caso de reincidência.
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