| 09/11/2008 11h31min
A China anunciou neste domingo uma injeção de US$ 586 bilhões até o final de 2010 para facilitar o investimento e o consumo interno, e fazer frente aos efeitos negativos da crise financeira internacional. O número representa quase 20% dos US$ 3,3 trilhões do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2007.
A redução das restrições creditícias e de financiamento é para aumentar o investimento, em um esforço para enfrentar o contexto econômico internacional adverso, através do fomento da demanda interna. A decisão, anunciada hoje pelo Conselho de Estado, foi aprovada após a reunião do Executivo na quarta-feira, presidida pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Segundo o Executivo chinês, o país adotará uma política fiscal pró-ativa.
A medida de estímulo da economia doméstica ocorre menos de uma semana antes de Wen ir a Washington, acompanhado do presidente chinês, Hu Jintao, para participar da cúpula do G20. Neste sábado, no Brasil, o governador do banco central chinês,
Zhou Xiaochuan, afirmou
que a melhor maneira para estabilizar a economia chinesa é impulsionar a demanda interna.
Segundo o Executivo chinês, o investimento estatal será parte de um plano de estímulo econômico destinado a impulsionar o crescimento econômico. Grande parte do investimento será destinada a infra-estruturas e à reconstrução na província de Sichuan, atingida por um terremoto. Além disso, o governo chinês desenvolverá a reforma do imposto ao valor agregado para reduzir a carga tributária das empresas.
O pacote de medidas destinadas a estimular a economia abrangerá, até 2010, 10 programas de impulso à vida da população, como casas para pessoas de baixa renda, infra-estruturas rurais, rede de transporte, meio ambiente, inovação tecnológica e reconstrução posterior aos desastres naturais. O teto creditício dos bancos comerciais também será suprimido, a fim de canalizar mais empréstimos para projetos prioritários, no interior do país, em pequenas e médias empresas, inovação
tecnológica, fusões e
aquisições.
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Foto:
Sebastião Moreira, EFE
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