| 03/11/2008 15h07min
O governo ainda vai analisar as condições da operação que culminou na fusão dos bancos Itaú e Unibanco, anunciada nesta segunda-feira. A análise será feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O objetivo é garantir que os acionistas minoritários não tenham prejuízos com a operação.
Por enquanto, a CVM informa que não houve irregularidades no processo. A superintendente de Relações com Empresas da CVM, Elizabeth Machado, explica que, com a fusão, o Itaú vai incorporar as ações do Unibanco.
— A CVM tem que analisar o direito do (acionista) minoritário, ou seja, se a troca é feita de forma eqüitativa, justa. Se o direto do minoritário está sendo garantido na operação — disse.
De acordo com ela, na migração de uma empresa para outra, os acionistas minoritários podem ser prejudicados com a perda de participação na nova holding.
— Dependendo de como a relação de troca é fixada, o acionista pode ter prejuízo. Teremos um longo
trabalho pela frente para analisar isso.
A
superintendente também explica que a CVM vai analisar “como um todo” as condições da divulgação da fusão, o que implica acompanhar as convocações de assembléias e o detalhamento da operação.
— Em princípio, a primeira divulgação foi feita de forma correta, agora virão as assembléias e os detalhes.
Hoje pela manhã, o Banco Itaú e o Unibanco comunicaram a fusão ao mercado financeiro em fato relevante enviado à CVM. O aviso foi feito antes da abertura do pregão da Bolsa de Valores. Com a associação, a holding deverá figurar entre as 20 maiores instituições financeiras do mundo.
Além da análise da CVM, o negócio entre os dois bancos precisa passar por órgãos reguladores como o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça.
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