| 30/10/2008 16h59min
O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, disse nesta quinta que a disputa "foi um longo caminho" mas que, faltando cinco dias para as eleições gerais nos EUA, considera que ainda tem que dar o esforço máximo.
— Quando as urnas fecharem na terça-feira, não quero dizer que houve algo que não fiz, algo que não disse ou um aperto de mãos que não dei — declarou Obama em entrevista transmitida hoje pela rede de televisão ABC.
Na mesma entrevista, em uma tomada pré-gravada, o ex-presidente democrata Bill Clinton considerou que, daqui até o pleito de terça-feira, Obama precisa manter o dedo na ferida e recordar os eleitores dos desafios que enfrenta a economia americana e como ajudará o cidadão.
— Não se deve deixar que as pessoas se esqueçam do que se trata (a eleição). Não se deve deixar que o povo se conforme, porque o preço do petróleo baixa momentaneamente ou porque não tivemos um colapso financeiro total — afirmou Clinton.
Perguntado sobre suas críticas a Obama
durante as primárias, Clinton explicou que sua mulher, a ex-primeira-dama e ex-pré-candidata Hillary Clinton foi sua primeira opção.
— Mas também disse que se ela não ganhasse (a candidatura), o apoiaríamos, e isso fizemos — sustentou. Hillary Clinton participou de 65 atos eleitorais a favor de Obama, enquanto o ex-presidente foi a 30, "por motivos de trabalho", assinalou. Na noite de quarta-feira, Obama dirigiu-se aos indecisos em um anúncio televisivo de meia-hora em oito cadeias televisivas no horário de maior audiência.
No anúncio, Obama repassou seu programa de governo e apresentou quatro famílias como exemplo dos problemas que enfrenta o cidadão em momentos de crise econômica. E em uma amostra de suas intenções bipartidistas, Obama disse ontem à noite em outra entrevista à ABC que se ganhar incluirá republicanos em seu gabinete.
Embora não tenha dado nomes nem detalhes, insistiu em que considera que é "absolutamente" importante a pluralidade
política em sua eventual
administração. Segundo seu comitê de campanha, a aparição conjunta com Clinton, como a de ontem à noite em Kissimee, na Flórida, é parte da estratégia de saturar a cobertura midiática sobre suas propostas entre hoje e a próxima terça-feira, quando ele vota em Chicago.
Até sábado, por exemplo, Obama terá visitado oito estados em quatro dias, especialmente aqueles em que a disputa ainda se encontra indefinida, como Colorado, Nevada, Flórida, Carolina do Norte e Virgínia.
Ao longo da jornada desta quinta, Obama mantém a visão em estados como Flórida, Virgínia e Missouri, enquanto seu rival republicano, John McCain, continuará sua luta por captar o voto dos indecisos em Defiance (Ohio).
Para McCain, a seleção da cidade de Defiance, palavra inglesa que significa "desafio", tem especial simbolismo dado que o senador democrata de Illinois o supera em pesquisas nacionais e na maioria de estados-chave na disputa.
Por sua vez, em cada fórum
público e em entrevistas televisivas, McCain
continua tentando suscitar dúvidas sobre a capacidade de liderança de Obama, e ataca em particular seu plano tributário e sua preparação para enfrentar uma crise de segurança nacional.
McCain — da mesma forma que sua companheira de chapa, a governadora do Alasca, Sarah Palin — minimizou a importância das pesquisas e afirma que dará a surpresa da vitória em 4 de novembro.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2025 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.