| 29/10/2008 11h27min
A garantia dos três pontos nesta quarta, além da vantagem na liderança do Brasileirão, darão ao Grêmio algo fundamental para um postulante ao título: uma vitória fora de casa. Se nas primeiras 19 rodadas foram cinco, no returno o Tricolor ainda não conseguiu triunfar longe do Olímpico. Com 59 pontos na tabela, o time do técnico Celso Roth espera eliminar, a partir das 21h50min, no Mineirão, um dos adversários diretos na conquista do Nacional.
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Ganhando, o Tricolor abre sete pontos sobre a Raposa. Nesta lógica, sobrariam São Paulo, Flamengo e Palmeiras como rivais para o título.
– Não tem como negar. É uma boa diferença – disse Reinaldo.
Para alcançar o resultado, o jogador deve ser o único atacante no time. O técnico Celso Roth pode apostar em um meio-campo recheado, no esquema 3-6-1, com o trio Tcheco, Souza e Douglas na armação. Na zaga, Léo, Pereira e Réver. Para aumentar a experiência, Paulo Sérgio voltaria à ala direita na vaga de Felipe. Mas o time está guardado sob total mistério.
– Podemos ganhar se retomarmos a força que tivemos no primeiro turno fora de casa: marcação forte, velocidade e eficiência nas bolas paradas – analisou o volante Willian Magrão.
Mas a tarefa não será fácil. Roth repassa a responsabilidade:
– Em casa, o Cruzeiro é o favorito.
O foco é nos três pontos, mas um empate não é considerado mau resultado para as pretensões do Tricolor:
– É bom ganhar, mas o fundamental é somar pontos à tabela jogando fora de casa – afirmou.
– Dependendo da circunstância do jogo, valerá muito (o empate) – completou o zagueiro Pereira.
O empate, na verdade, segura a Raposa, mas pode permitir a aproximação de outros rivais. E torna as vitórias em casa (Figueirense, Coritiba e Atlético-MG) insuficientes. Então, o Grêmio precisará buscar pontos contra Vitória, Palmeiras e Ipatinga longe do Olímpico.
Cruzeiro preocupado com jogadas aéreas
A zaga do Cruzeiro tem sofrido com as jogadas pelo alto. Nos últimos cinco jogos, tomou gols assim de Atlético-PR, São Paulo, Figueirense, Palmeiras e Vasco. Tanto é que o técnico Adilson Batista pode optar pelo zagueiro Thiago Martinelli (1m80cm) na vaga do volante Henrique, suspenso.
– Simulamos situações que o Grêmio faz nos jogos. Tenho um carinho pelo clube, mas precisamos vencer – disse Adilson, campeão da América pelo Tricolor em 1995.
Para o meia Wagner, que deverá voltar ao time titular após quatro partidas, o jogo do returno é crucial. Recuperado de lesão no joelho direito, o camisa 10 entrou no decorrer das partidas contra Atlético-MG e Atlético-PR nas duas últimas rodadas.
– É um confronto direito, a gente precisa vencer. É um jogo que se torna mais importante porque a gente não vai conseguir passar o Grêmio, mas pode ficar ali perto, quem sabe tomando a segunda posição, o que seria um passo muito importante para a gente – disse.
A estatística está a favor da Raposa. Em 12 partidas contra o Tricolor no Mineirão, pelo Nacional, venceu 10. Mas, por ironia, a última vitória do Grêmio fora de casa no campeonato foi justamente no estádio de Belo Horizonte: 4 a 0 no Atlético-MG, em 9 de agosto.
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