| 29/10/2008 00h51min
Com a expectativa de manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano por parte do mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) começou ontem a reunião que definirá o nível do juro básico. A decisão será anunciada hoje. O Banco Central (BC) tem mostrado preocupação com o ritmo de crescimento da economia brasileira num momento de crise internacional e liquidez restrita, que encarece o crédito.
GRÁFICO: veja como é calculada e os efeitos da taxa de juros na economia do Brasil
Além disso, espera-se nesta quarta que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reduza a sua taxa de juro, atualmente em 1,5% ao
ano. A maioria dos especialista estima a nova taxa em 1%.
O diretor
executivo da Concórdia Corretora, Ricardo Amorim, avaliou que não faz sentido o BC continuar com o foco na inflação, diante de uma desaceleração econômica global. Amorim também ponderou que o poder de fogo dos bancos centrais dos países desenvolvidos no uso da política de afrouxamento monetário para lidar com a crise mundial está acabando. Por isso, o corte esperado de 0,5 ponto percentual pelo Fed deverá ser o último neste ano. O comunicado deve mostrar o banco central norte-americano atento aos problemas do mercado financeiro e pronto a ajudar a reativar a distribuição de crédito, acredita Amorim.
— Há espaço para mais cortes, mas os impactos passam a ser cada vez menores à medida que a taxa se aproxima de zero. Do ponto de vista de política monetária, está acabando a quantidade de bala nos revólveres dos países desenvolvidos, que é uma situação completamente diferente do caso brasileiro — explicou o especialista.
Na terça-feira, o presidente do Banco Central
Europeu, Jean-Claude Trichet,
antecipou que a entidade “possivelmente” diminuirá o juro em sua reunião em novembro por causa da redução do risco de alta da inflação.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2025 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.