O Procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, concedeu nesta noite de quarta-feira uma entrevista à Rádio Gaúcha, em defesa das decisões do tribunal. Ele sustenta que não há perseguição ao Grêmio, nem beneficiamento ao Palmeiras — duas equipes que despontam na briga pelo título do Brasileirão.

Veja os lances que originaram as punições aos gremistas:

Schmitt afirma que à Procuradoria cabe denunciar, e que ele não pode avaliar os resultados dos julgamentos:

— Os critérios podem ser dos julgamentos, mas não das denúncias. Nós denunciamos todas. O que está pegando é que há uma disputa na ponta da tabela, mas fica complicado para mim falar sobre as decisões do tribunal. Nós estamos recorrendo de todas as decisões — justifica.

Para o Procurador, não se leva em consideração de qual time é o jogador denunciado.

— Veja só a dificuldade. Para mim não tem Grêmio, Inter ou Palmeiras. É equipe A, B e C. Os olhos da Procuradoria são voltados principalmente às súmulas, às imagens e às queixas. E ela vai denunciando conforme os casos vão acontecendo — explica.

No trecho mais polêmico da entrevista, Schmitt citou o Brasileirão 2005, onde jogos foram remarcados, beneficiando o Corinthians em detrimento do Inter, levando o time paulista ao título.

— Isso de certa forma foi importante. O Inter se sentiu prejudicado, e talvez tenha sido. Mas depois deu a volta por cima e foi Campeão do Mundo — compara o procurador.

Ele defendeu ainda a utilização de imagens de TV para pedir punições a atletas que não tenham sido advertidos pelos árbitros durante as partidas:

— As imagens não são utilizadas para desautorizar o árbitro, mas para corrigir distorções. Isso não é contra ou a favor de Grêmio ou Palmeiras. Nós temos a obrigação de denunciar. Ah, o árbitro deu amarelo. Problema é do árbitro, que provavelmente estava mal posicionado. É preciso respeitar a posição das comissões disciplinares — encerra.