| 07/10/2008 21h09min
Os principais indicadores da indústria catarinense reduziram o ritmo de crescimento no mês de agosto, mas mantêm um desempenho positivo no acumulado do ano.
Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), as vendas reais das 205 indústrias de médio e grande portes ouvidas pela entidade no acumulado dos oito primeiros meses deste ano foram 9,5% maiores que no mesmo período do ano passado.
No mês de agosto, as vendas aumentaram 1,58% em relação a agosto de 2007, porém na comparação com julho deste ano a variação ficou negativa em 3,65%.
Para a Fiesc, a queda em agosto em relação ao mês anterior se deve mais a fatores sazonais, pois julho teve dois dias úteis a mais. Além disso, julho foi um mês em que as vendas tiveram forte crescimento (alta de 3,44% sobre julho de 2007 e de 13,11% em relação a junho).
— Esses dados ainda não refletem a crise do mercado
financeiro, mas ela tente a aparecer nas estatísticas
nos próximos meses — disse o diretor de relações industriais da Fiesc, Henry Quaresma.
Alimentos
Setores com grande peso na indústria catarinense apresentaram forte incremento entre janeiro e agosto e puxaram o índice estadual, com destaque para as indústrias de alimentos (alta de 21,24%), veículos automotores, carrocerias e autopeças (aumento de 16,95%), produtos metálicos (crescimento de 15,19%), produtos têxteis (mais 10,7%) e máquinas e equipamentos (alta de 10,66%).
Por outro lado, três segmentos apresentaram grandes quedas nas vendas: produtos de madeira (-27,79%), móveis (-15,26%) e produtos químicos (-10,05%).
No acumulado do ano, as remunerações pagas pelas indústrias pesquisadas registraram crescimento de 5,67% em relação ao mesmo período de 2007. Também registrou crescimento entre janeiro e agosto a utilização da capacidade instalada da indústria, que passou de 83,71% no ano passado para
84,20% este ano.
Em sentido contrário aos demais
indicadores, as horas trabalhadas na produção entre janeiro e agosto deste ano foram 1,94% menores que no mesmo período de 2007. Esse resultado foi muito influenciado pelos números também negativos dos setores de produtos de madeira (-23,13%), móveis (-18,49%) e confecções e artigos do vestuário (-9,19%).
Indústrias de alimentos, com alta de 21,24%, foi uma das que puxaram o crescimento no Estado
Foto:
Glaicon Covre
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