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 | 27/09/2008 03h16min

Grêmio abre treino de sábado para a torcida

Tricolor, que sexta-feira fechou os portões, espera cinco mil torcedores às 9h30min no Olímpico

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Com pouco espaço no Beira-Rio no clássico de amanhã, a torcida do Grêmio vai transformar o treino de hoje em um show para passar energia aos jogadores.

Pelo menos 5 mil integrantes da Geral, a ala mais fanática da torcida, são aguardados no Olímpico para o último trabalho antes do jogo, às 9h30min. Como na véspera do Gre-Nal de 29 de junho, pelo primeiro turno, eles ficarão atrás da goleira que dá para a Cascatinha. Só não farão a costumeira avalanche porque não haverá adversário em campo.

Uma prévia da mobilização já pôde ser vista ontem. Pelo menos 30 torcedores reuniram-se na sala que a Geral usa no estádio, preparando-se para a invasão de hoje. Outros tantos, devidamente uniformizados, ocupavam a calçada em frente ao estádio, como fazem em dia de jogo.

— Em época de Gre-Nal, o pessoal fica aqui até tarde da noite. Até churrascos são organizados — disse um segurança do Olímpico.

É possível afirmar que o clássico teve seu início simbólico às 9h de quinta-feira. A abertura das bilheterias das sociais provocou correria na entrada do Largo dos Campeões. Em menos de seis horas esgotaram-se os 2,8 mil ingressos destinados ao Grêmio.

Também na loja do pátio do Olímpico aumentou a mobilização.

— Em dois dias, vendemos 40% a mais do que em dias normais — afirmou a gerente Silvana Lanza, sem especificar a quantidade de peças.

Os artigos mais procurados foram a camiseta oficial (com listras azuis, pretas e brancas) e bandeiras.

Gremista de Santa Maria, o funcionário público Celso Carpes aproveitou a participação em um curso na Capital para fazer suas compras. Acompanhado da mulher, Isabel, deixou a loja com um abrigo. Mas nem passará perto do Beira-Rio neste domingo.

Ainda que o fechamento dos portões tenha reduzido a presença de gremistas no estádio, os jogadores tiveram uma prévia da euforia da torcida. Cada atleta que chegava era abordado na janela do carro por torcedores do Interior para conhecer o Olímpico.

Zagueiro do Grêmio nos anos 70, o uruguaio Ancheta esteve no estádio e também se viu homenageado.

— A torcida está intensamente ligada. Isso é uma maravilha. Pena que não haverá muita gente no clássico do Beira-Rio. Ainda sou do tempo em que os Gre-Nais eram meio a meio — comentou o técnico Celso Roth, atribuindo à participação da torcida boa parte do sucesso do time em jogos no Olímpico.

 
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