Frustrado por não poder participar do Mundial de Ciclismo, que começará nesta terça-feira em Varese, na Itália, o catarinense Murilo Fisher criticou os critérios da União Ciclística Internacional e da Confederação Brasileira da modalidade (CBC), que não dedicou esforços suficientes para manter o Brasil bem posicionado no ranking.

Devido ao fato de o Brasil não ter terminado entre os cinco primeiros países das Américas no ranking fechado em agosto, a seleção nacional não poderá participar do Mundial. No ano passado, Fisher terminou em 21º lugar da competição.

— Isso me prejudicou bastante, até porque estou bem no ranking do Pro-Tour, na 54ª posição. Eles criaram uma regra que não tem sentido e muitos países sem tradição no ciclismo estão levando muitos atletas, enquanto nós não participamos. O que lamento é perder um Mundial, ainda mais este ano, que venho muito bem e o percurso seria favorável. Sempre mostrei que posso ter bons resultados em competições deste nível e não poderei competir — lamentou o ressentido Fisher.

Quanto aos esforços da Confederação, Fisher é categórico.

— A CBC, sabendo desta regra, tinha de colocar como objetivo que o Brasil ficasse entre os cinco primeiros. Acabou passando despercebido, talvez pelo prazo coincidir com a Olimpíada, mas foi falta de colocar a classificação como meta — criticou.

Agora, sem poder participar da competição na Itália, Fisher terá mais cinco provas para disputar neste ano. Em seguida, ele terá um período de descanso a fim de iniciar bem a temporada 2009.