| 21/09/2008 20h23min
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, afirmou neste domingo que bancos estrangeiros que possuem ativos financeiros considerados ruins poderão recorrer ao plano de resgate norte-americano de US$ 700 bilhões, elaborado com o objetivo de restaurar a ordem econômica global em meio à crise.
— Sim, eles deverão. Porque... se uma instituição financeira tem operações nos Estados Unidos, contrata pessoas nos Estados Unidos, se eles estão embaraçados com a falta de liquidez dos ativos, eles sofrem o mesmo impacto do povo americano, como qualquer outra instituição — disse Paulson.
Paulson observou que o plano de resgate é doloroso e caro, mas necessário para estabilizar um sistema financeiro que tem o chão como único limite. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos participou neste domingo de vários programas televisivos com uma mensagem para que o Congresso aprove com urgência o plano para combater a atual crise financeira, o qual prevê a compra de até
US$ 700 bilhões em dívidas
de má qualidade.
O plano será analisado por congressistas norte-americanos durante esta semana. A presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, disse que o interesse do americano comum deve ser preservado, mas destacou que os democratas trabalharão com os republicanos para viabilizar o plano de socorro.
Pelosi afirmou no sábado que as classes média e baixa "precisam de proteção". Segundo ela, é preciso "um pacote de recuperação econômica que crie empregos e reative o crescimento" da economia dos EUA.
Pacote
Ainda sem detalhes, o pacote foi anunciado na manhã de sexta-feira pelo secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que afirmou então que o plano ficaria na casa das "centenas de bilhões de dólares".
O fundo que será criado será responsável por adquirir os créditos podres do mercado imobiliário – os empréstimos de alto risco que não vêm sendo pagos pelos mutuários.
Segundo Paulson, há cerca de 5 milhões de americanos com problemas para
pagar o financiamento ou que já tiveram os imóveis retomados pelos bancos.
Também na sexta-feira, Bush advertiu que "este é um momento-chave para a economia americana".
O secretário do Tesouro vai trabalhar neste fim de semana com o Congresso "para examinar medidas que possam amenizar a pressão dos empréstimos ruins de nosso sistema, para que o crédito possa fluir novamente em direção aos consumidores e às empresas americanas".
As informações são do site G1.
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