| 11/09/2008 07h46min
Por conta da exploração da camada do pré-sal, localizada abaixo do leito marinho, o Brasil poderá se tornar uma "economia petrolífera" a partir de 2020, quando o país deverá exportar 1,4 milhão de barris de petróleo por dia, obtendo uma receita naquele ano de US$ 37 bilhões a US$ 63 bilhões, dependendo do preço do barril.
As simulações foram apresentadas ontem pelo economista Antonio Barros de Castro, assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante palestra no seminário comemorativo dos 200 anos do Ministério da Fazenda. Em 2025, as exportações poderão chegar a 3,3 milhões de barris por dia, com receitas entre US$ 93 bilhões e US$ 158 bilhões.
Para evitar os efeitos negativos da excessiva entrada de dólares no país, principalmente uma supervalorização do real, e permitir que a indústria nacional tenha tempo para se adaptar à nova realidade econômica criada pelo pré-sal, Castro defendeu o controle pelo governo
da velocidade de exploração do
petróleo. O economista coordenador do grupo de Petróleo, Gás e Etanol do BNDES, citou três razões que fortaleceriam a sua tese.
Em primeiro lugar, lembrou que serão necessários vultosos investimentos para explorar o pré-sal. A segunda razão é que a indústria naval brasileira precisa de tempo para se tornar capaz de fornecer os navios, embarcações e plataformas que serão utilizadas na exploração do pré-sal.
A terceira razão apontada por Castro diz respeito às adaptações do setor industrial brasileiro à nova realidade econômica, o que levará algum tempo.
— São três fortíssimas razões para segurar a velocidade de produção do pré-sal — afirmou o economista.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
GRÁFICO explica a exploração do pré-sal
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