| 10/09/2008 15h58min
O presidente da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Santos Ramírez, disse nesta quarta-feira que a exportação de gás natural ao Brasil será reduzida em três milhões de metros cúbicos, ou 10% dos atuais 30 milhões que são exportados por dia ao País.
Segundo o governo boliviano, um trecho de um gasoduto explodiu no sul da Bolívia nesta quarta-feira "em um atentado terrorista" após opositores do presidente Evo Morales terem ocupado um campo petrolífero e uma estação de gás natural e isso obrigará a Bolívia a reduzir o envio de gás ao Brasil.
Segundo a assessoria de imprensa da companhia, o reparo deve levar entre 10 e 15 dias. A companhia, porém, não confirmou informações extra-oficiais que dão conta de que o dano foi provocado pela explosão de uma bomba.
— O gasoduto fica em uma área rural, de difícil acesso, e nossos técnicos ainda estão a caminho — disse à Agência Estado um porta-voz da YPFB.
Segundo o
jornal argentino Ámbito Financiero, os grupos
opositores ao presidente Evo Morales cortaram hoje o fornecimento de gás natural para a Argentina, além do provocarem o corte, parcialmente, do abastecimento ao Brasil. Os manifestantes ocuparam a indústria petrolífera da empresa Chaco e fecharam as válvulas de bombeamento, disse o gerente de Relações Institucionais da empresa, Juan Callaú.
— Suspendemos as operações em Vuelta Grande — declarou Callaú em referência à planta localizada na região de Chacho, departamento de Chuquisaca, onde ocorrem os bloqueios de estradas e ameaças de corte no fornecimento de gás, há 15 dias.
Vuelta Grande produz diariamente 83 milhões de pés cúbicos de gás (2,3 milhões de m³), dos quais entre 1 e 1,5 milhão de metros cúbicos são exportados para a Argentina e o saldo restante vai para o Brasil.
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