| 05/09/2008 16h57min
Após passar a maior parte do dia em alta, o dólar comercial fechou em baixa de 0,12% a R$ 1,717, na taxa mínima desta sexta-feira, nas negociações no mercado interbancário de câmbio. Na máxima, a moeda americana chegou a subir 1,51%, a R$ 1,745.
Ajustes a alguns exageros da véspera e da primeira etapa dos negócios hoje e a melhora nos mercados acionários nova-iorquino e brasileiro permitiram o alívio nas cotações, interrompendo uma seqüência de sete dias de alta.
Operadores ainda citaram rumores de uma entrada de US$ 400 milhões no final da sessão. De acordo com informações do mercado, às 16h40min, o volume financeiro somava US$ 3,875 bilhões. Na semana, o dólar comercial acumulou alta de 5,14% (na última sexta-feira, a moeda fechou a R$ 1,633).
Na maior parte das negociações hoje no mercado de câmbio, o cenário foi diferente do fechamento do dia.
A queda de preço das matérias-primas (commodities) e o fortalecimento do dólar
ante outras moedas no Exterior mantiveram as
operações domésticas pressionadas, alinhadas à oscilação de outras moedas de economias emergentes.
A volta da aversão ao risco, desencadeada pelas renovadas preocupações com o setor financeiro e a estagnação da economia da zona do euro, manteve os mercados emergentes de câmbio sob pressão nesta sexta-feira.
O euro conseguiu mostrar alguma recuperação, após a divulgação de dados de emprego nos EUA, mas foi pontual e a moeda cedia a US$ 1,424 por volta das 16h30min. O iene (moeda do Japão) também se desvalorizava, com o dólar subindo a 107,15 ienes.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou hoje o corte de 84 mil nas vagas de emprego em agosto — acima da previsão de queda de 75 mil dos economistas.
Desde o início do ano, o mercado de trabalho americano já eliminou 605 mil postos, o que representa um corte mensal médio de 76 mil.
A taxa de desemprego nos EUA saltou em agosto para 6,1%, o maior nível desde
setembro de 2003.
Tais informações, apesar de
propiciarem uma melhora momentânea ao dólar, elevaram ainda mais as preocupações sobre o rumo da economia mundial, afetando as principais bolsas internacionais.
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