Um teste de DNA pode facilitar a identificação de determinadas características e potenciais do gado tanto para corte quanto para leite. A tecnologia, desenvolvida principalmente nos Estados Unidos, está há algum tempo no Brasil e é apresentada na Expointer, em Esteio (RS).

O processo é baseado no mapeamento do genoma bovino, como explicou Henry Berger, gerente da empresa que divulga a inovação. Segundo ele, foi possível a descoberta de seqüências genéticas que determinam características de interesse econômico.

– Isso tem uma vantagem muito grande, pois se pode identificar de uma forma muito precoce qual o real potencial de um animal, sua aptidão genética para determinadas características, como qualidade da carne, da carcaça, produção de leite, resistência a doenças e eficiência alimentar.

Segundo Berger, no Brasil, a tecnologia dos chamados marcadores genéticos ainda está em fase de validação de acordo com algumas condições. De qualquer forma, ele diz que há uma ampla aceitação pelos pecuaristas brasileiros.

– Se falamos em eficiência produtiva e em produtividade, o pecuarista está ávido por isso.

Um teste genético custa cerca de R$ 80 por animal, disse Henry Berger. As amostras são coletadas a partir de pelos do rabo do animal, prioritariamente, reprodutor ou doadora de embriões.

– A nossa recomendação é que sempre tenhamos um técnico envolvido no processo. Precisamos que ele oriente quem vai coletar a amostra – acrescentou, destacando a importância do acompanhamento de um veterinário ou zootecnista.

Os resultados ficam prontos em prontos, em média, em 30 ou 40 dias. O potencial de cada característica é avaliada em escalas que variam de um a dez.

– De posse dessas informações, o pecuarista junto com o técnico quais animais serão acasalados, descartados ou repostos.