Em 14 de maio, o Inter de Abel Braga perdeu por 3 a 1 para o Sport, na Ilha do Retiro, e foi eliminado da Copa do Brasil. Um revés que deflagrou uma campanha bem aquém da esperada no Brasileirão e liquidou com a primeira chance de garantir vaga na Libertadores no ano do Centenário. Cento e sete dias depois, o Inter de Tite volta à Ilha, neste domingo, às 16h, em um contexto parecido. Fracasso pode gerar outra desilusão na última tentativa de chegar à Libertadores. Mas uma boa notícia pode aumentar o otimismo da torcida em vencer fora de casa.

Na Ilha, o Inter contará com Alex e Nilmar, este último animado pela convocação para os jogos da Seleção contra Chile e Bolívia pelas Eliminatórias. Não é pouco. É muito. Os dois foram responsáveis por 42,8% dos gols marcados pela equipe em 2008: 36 de um total de 84. Durante a semana, as duas estrelas do time foram o foco do noticiário, não pelo desempenho em campo, mas pelas especulações de venda envolvendo ambos. Apesar das tratativas, a tendência é que tanto o meia quanto o atacante permaneçam no Beira-Rio pelo menos até o final do ano.

A derrota para o Sport em maio definiu mudanças radicais. Foi na véspera que a transferência de Abel para os Emirados Árabes vazou. Logo após a eliminação, técnico e dirigentes desmentiram o negócio. Mas Abel se despediu justamente contra o Sport, 1 a 1 no Beira-Rio, já pelo Brasileirão, em 31 de maio.

O adeus do treinador, hoje no Al-Jazira, era o início da grande reformulação. O preparador físico Eduardo Silva saiu junto. Vieram Tite e Fábio Mahseredjian. Ídolos como Fernandão e Iarley foram embora. Seis jogadores deixaram o Beira-Rio. Vieram 11, além do retorno de Rodrigo Paulista e do aproveitamento de garotos da base. Outros saíram dos planos.

Com tantas mudanças, o Inter não engrenou no Brasileirão. Vale o o mesmo para o Sport — com a substancial diferença de que já está garantido na Libertadores. A equipe do técnico Nelsinho Baptista perdeu Romerito para o Goiás e, neste domingo, terá o desfalque de Carlinhos Bala, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. A posição dos clubes na tabela atesta: o Inter é nono. O Sport, 10º, com um ponto a menos. É revanche?

— É um torneio diferente. Não é mata-mata. Temos que fazer nosso jogo e buscar uma vitória — afirmou o vice de futebol Giovanni Luigi.