| 19/08/2008 10h36min
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o pregão de hoje em baixa, em linha com a queda apresentada pelas principais bolsas no exterior. Por volta das 10h15 (de Brasília), o Índice Bovespa caía 1,37%, a 52.594 pontos, na mínima do dia até o momento.
O noticiário da manhã prenuncia outro dia de perdas acentuadas para o mercado acionário global, afastando a possibilidade de uma recuperação dos preços dos ativos financeiros.
Antes da abertura do pregão regular da Bovespa, os mercados internacionais já haviam acelerado o sinal de baixa, após a divulgação do Índice de Preços ao Produtor nos Estados Unidos (PPI, na sigla em inglês) de julho muito pior do que o previsto e na maior alta anual desde 1981. Já o núcleo do indicador, que exclui as variações de preços de energia e alimentos, teve a maior alta anual em 17 anos.
Com os dados ruins de inflação, as Bolsas em Nova York e na Europa aprofundaram as perdas, reforçando a onda de pessimismo já
sentida diante das preocupações com o
setor financeiro.
Hoje, o ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kenneth Rogoff afirmou que a crise financeira global deve piorar e um grande banco dos EUA provavelmente quebrará nos próximos meses, segundo nota da BBC em seu site. Segundo um operador, "se quebrar algum banco grande nos Estados Unidos o contágio dessa crise será ainda maior, pois vai gerar uma crise de credibilidade nas instituições financeiras especialmente as americanas".
As notícias vindas da Ásia são igualmente preocupantes. Após manter a taxa básica de juros no Japão em 0,50% ao ano, o Banco Central japonês (BOJ, na sigla em inglês) reduziu suas estimativas para a economia do país, dizendo que o crescimento econômico tem sido "lento".
Com o desvalorização de ontem, de 1,69%, que fez o Ibovespa retroceder ao menor nível de um ano atrás - na maior baixa desde setembro do ano passado e na pior do ano - o Ibovespa acumula em agosto perda de 10,38% e de 16,53%
no ano.
— O pior é que a
Bolsa vem caindo de forma crônica, todo dia um pouco — diz o analista da Alpes Corretora, Fausto Gouveia.
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