Depois de levar uma goleada de 4 a 0 do Vasco no Estádio São Januário, o técnico do Inter precisou ainda enfrentar uma longa entrevista coletiva para diagnosticar os problemas do colorado. E Tite atribuiu a má fase da equipe à soma de vários aspectos - entre eles o desentrosamento e a falta de ritmo.

- Futebol a gente não estala dedo e monta time. Precisa de trabalho e tempo e repetição. Não é desculpa, mas é uma constatação - avalia Tite.

Ele começou o trabalho no colorado com o 4-4-2, e mudou o esquema para o 3-5-2. Enfim, Tite não descarta a possibilidade de alterar novamente o sistema tático:

- Agora se lambe as feridas e se trabalha para buscar o resultado na quarta-feira. Vou colocar essas coisas, refletir e ponderar a partir da segunda - disse, ao ser perguntado sobre a manutenção do 3-5-2.

Tite admite que o Inter ainda não encontrou o "ponto de equilíbrio" - expressão que o treinador colorado gosta de utilizar para ilustrar a situação ideal entre defesa e ataque.

Ele coloca diversos agravantes para a má-fase: muitas contratações, saídas de jogadores e falta de ritmo de jogo entre os recém-chegados.

- É um conjunto de aspectos. Logo que assumi tivemos um bom momento, depois caímos, e ainda não encontramos o ponto de equilíbrio - concorda.

Sobre a derrota para o Vasco, Tite diz que o Inter perdeu o jogo a partir do segundo gol sofrido. Até então, segundo o treinador colorado, a equipe estava melhor na partida.

- A equipe sentiu o segundo gol e a possibilidade de reação fica reduzida. Aí se precipita as jogadas. Estivemos muito abaixo do normal - argumenta.

Tite evitou ainda polemizar com as declarações do ala Wellington Monteiro, que reclamou em entrevista após ser substituído ainda no 1º tempo:

- Temos uma hierarquia muito grande. Não vou externar nada de maneira pública - encerra.