| 11/08/2008 04h42min
A seleção brasileira feminina de vôlei aplicou 3 sets a 0 na Rússia na madrugada desta segunda pelos Jogos Olímpicos de Pequim. Com facilidade, o time comandado por José Roberto Guimarães venceu com parciais de 25/14, 25/14 e 25/16. Na última vez em que os dois times haviam se enfrentado em Olimpíadas, as russas eliminaram as brasileiras nas semifinais em Atenas-2004.
Até hoje, a semifinal realizada na Grécia é lembrada como o "famoso 24 a 19" – placar que o Brasil tinha a seu favor para fechar o jogo e não aproveitou. Além disso no Mundial 2006, a Rússia entrou no caminho do Brasil e roubou o ouro. No Grand Prix de 2007, mais uma derrota para as russas. Esta, no entanto, foi a gota
d’água para o técnico José Roberto Guimarães. Na ocasião, aos berros, ele
questionou às jogadoras até quando elas iriam se intimidar.
Para o jogo desta segunda, Zé Roberto escalou a levantadora Fofão, a oposta Sheilla, as ponteiras Paula Pequeno e Mari, as centrais Fabiana e Walewska e a líbero Fabi. Embaladas pela conquista do heptacampeonato do Grand Prix, a meninas tiveram grande exibição. As informações são do Globoesporte.com.
Conhecidas como "gigantes", as russas anotaram o primeiro ponto no bloqueio. Mas nossa seleção não se abalou. Bem na defesa, soube usar o fundamento como a principal arma. Além disso, Fofão, a mais experiente da equipe, fez o possível para tirar o seu ataque do bloqueio russo. O Brasil esteve à frente do marcador praticamente durante todo o primeiro set, chegando a colocar seis pontos de vantagem: 17 a 11.
Uma bela largada de Sheilla deu o 18º ponto para a seleção. Após uma virada pelo meio de Fabiana, o técnico da Rússia, Giovanni Caprara, tirou Gamova do jogo. Em resposta, Zé Roberto
pôs Sassá para sacar. Bom para o
Brasil, que chegou a 20. A seleção administrou a vantagem por 25 a 14.
No segundo set, a seleção saiu na frente em 8 a 6. Na volta à quadra, o jogo passou a ser equilibrado, com as equipes se revezando no marcador. Uma linda jogada mostrou a sincronia do grupo verde-amarelo. Após um bloqueio brasileiro, a bola voltou fácil para o contra-ataque. Mari atacou fraco na ponta para explorar e ela mesma defendeu. Fofão levantou no meio e Fabiana cravou.
Quando as brasileiras não usavam o meio, Fofão tinha Sheilla na saída e Paula Pequeno pela ponta. De 10 a 9, o Brasil avançou para 19 a 12. Sassá entrou em quadra e, com um ace, deixou as companheiras mais próximas da vitória no período. Outro ace, dessa vez de Sheilla, cedeu o set point. E foi ela quem finalizou com um ataque. De novo, 25 a 14.
O Brasil continuou dando um passeio no terceiro set. Com 20 a 11, Paula Pequeno deu lugar a Jaqueline. Na seqüência, Thaisa entrou. Pela primeira vez na partida, as
russas chegaram ao 15º ponto, mas já
sabiam que não tinham mais chances, pois era match point para o Brasil. Em uma larginha no fundo da quadra da novata meio-de-rede, as brasileiras fecharam em 25 a 16.
— Conseguimos sacar bem, era o que mais estávamos treinando e tentando hoje. Conseguimos defender bastante e amortecer no bloqueio. Hoje demos um passo grande — festejou Fabi.
A ponteira Paula Pequeno minimizou uma possível rivalidade com a seleção russa. E também alertou: a seleção não pode se deslumbrar com a grande atuação desta segunda.
— O que importa é o agora, o que conseguimos fazer muito bem. E agora o que importa é o amanhã. E assim a gente vai passo a passo, tranqüilas, com os pés no chão e sem nos iludir muito — declarou.
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