| 28/07/2008 21h01min
O advogado Paulo Olímpio Gomes de Souza, representante da governadora Yeda Crusius (PSDB), e do marido dela, Carlos Crusius, refutou as novas suspeitas sobre a compra do imóvel do casal, feita em dezembro de 2006, depois da campanha política e antes da posse.
— A imprensa está sendo induzida ao erro — afirmou Paulo Olímpio nesta segunda-feira, após analisar as matérias publicadas no final de semana indicando que o negócio teria sido fechado por R$ 1 milhão e não pelos R$ 750 mil declarados pelo casal.
O assunto voltou à tona com a entrega ao Ministério Público de Contas, pelo PSOL, de uma cópia de um instrumento particular de promessa de compra e venda de imóvel na qual o empresário José Luís Borsatto e sua mulher, Maria Fernanda Prado Borsatto, se comprometem a pagar R$ 1 milhão pelo imóvel.
Para fazer a aquisição, em dezembro de 2006, atendendo a exigência de pagamento da maior parte em dinheiro, o casal Crusius vendeu dois apartamentos, um em
Brasília, por R$ 380 mil, e um em
Capão da Canoa, por R$ 180 mil, e um automóvel, por R$ 32 mil, transferindo R$ 550 mil para Fonseca e comprometendo-se a usar os outros R$ 200 mil para pagar uma dívida do ex-proprietário, segundo a explicação do advogado.
A compra da casa de Yeda foi objeto de polêmica durante a CPI do Detran. Em depoimento aos deputados, o delegado da Polícia Civil Luiz Fernando Tubino disse ter conhecimento de que o empresário tucano Lair Ferst teria pago R$ 400 mil do negócio emitindo um cheque honrado com sobras da campanha. Mas admitiu não ter provas. O casal Borsatto não quis falar sobre o assunto. A imobiliária que teria intermediado o negócio não retornou as ligações. O ex-proprietário Fonseca não foi localizado.
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