| 23/07/2008 07h43min
Depois da União Européia (UE), foi a vez de os EUA cederem sobre o polêmico tema dos benefícios no setor agrícola. A intenção, anunciada pela representante comercial norte-americana, Susan Schwab, é destravar as negociações da Rodada de Doha, que discute a liberalização do comércio mundial.
O governo norte-americano, informou nessa terça-feira, dia 23, Susan durante encontro na Suíça, pretende limitar a US$ 15 bilhões por ano o desembolso de subsídios a produtores agrícolas do país. Para o Brasil, o valor anunciado ainda é considerado elevado.
Ao chegar para a reunião, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que a medida dos EUA é "uma boa tentativa, mas não o suficiente". Na segunda-feira, ele já havia criticado a iniciativa da UE, afirmando que a redução nas tarifas de importação de produtos agrícolas pelo bloco não trazia nada de novo.
Integrantes do G-20 (grupo de países emergentes, liderado por Brasil e Índia) consideram adequado um valor até US$ 12 bilhões para os subsídios aos agricultores americanos. O limite atual é de US$ 48 bilhões, mas a representante dos EUA reconheceu que nunca foi desembolsada essa quantia:
– Em troca de um acesso ambicioso aos mercados, estamos prontos para reduzir nosso apoio interno.
Para o superintendente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ricardo Cotta, que está na Suíça, a proposta dos EUA tem pouco efeito para a conclusão de Doha.
Como a reunião de ontem durou sete horas e não produziu qualquer avanço, a Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu mudar o formato das negociações. A partir desta quarta-feira, dia 23, as discussões serão em grupos menores.
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