| 21/07/2008 16h15min
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, pediu aos países que negociarão esta semana, em Genebra, na Suíça, que se esforcem para alcançar um acordo "que impulsione o crescimento econômico", frente à crise devido às turbulências financeiras e aos preços de alimentos ou do petróleo.
Lamy inaugurou a reunião ministerial de cerca de 30 membros da OMC, que esta semana tentarão salvar a Rodada de Doha, iniciada em 2001 com o objetivo de promover a liberalização do comércio mundial.
–Estamos no início de uma viagem costa acima – disse o diretor-geral da OMC.
Ele afirmou que “está ao alcance das mãos” dos ministros conseguir um pacto na abertura de mercados agrícolas e industriais e dar "um passo adiante" para conseguir que a Rodada de Doha termine este ano.
Lamy ressaltou que é necessário conseguir um acordo "equilibrado", que seria o "apoio mais forte" diante das ameaças atuais à economia mundial: os preços dos alimentos, da energia e as turbulências financeiras.
– Não devemos deixar escapar esta oportunidade – afirmou.
A reunião terá negociações intensas e sessões restritas, a fim de aproximar posições e definir textos sobre a abertura de mercados em agricultura e bens industriais.
No caso de a reunião terminar com sucesso, será fixada uma agenda e os detalhes serão definidos mais adiante, com o objetivo de fechar a rodada no final do ano.
– Resta muito a fazer – disse Lamy, que acrescentou que é preciso passar das palavras aos fatos.
Na negociação, os países em desenvolvimento reivindicam à União Européia (UE), Estados Unidos e outros membros ricos que reduzam os subsídios à agricultura e abram seus mercados, e a UE exige aos estados emergentes que cedam na abertura às exportações industriais.
Outro ponto acrescentado à agenda é a disputa entre a UE e a América Latina, devido às tarifas européias à importação de bananas, que poderia dificultar ainda mais um pacto sobre agricultura.
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