| 15/07/2008 05h05min
Os brasileiros preferem esquecer, mas os franceses celebraram no último sábado o aniversário de 10 anos do seu único título mundial, conquistado em cima do Brasil naquela célebre final em que Zidane virou herói, e Ronaldo Nazário, polêmica. Naquele 12 de julho de 1998 histórico para a França, o segundo maior responsável pela proeza foi um homem discreto, que havia conquistado títulos como jogador, mas sem grande brilho: o treinador Aimé Jacquet. É interessante ouvir o que ele acaba de dizer agora, uma década depois, em entrevista para jornais europeus, reproduzida aqui pela Gazeta Esportiva. Destaquei dois trechos de sua entrevista. Primeiro sobre o seu papel de treinador:
— Meu papel era o de definidor. Aquele que dá uma identidade, que mostra o caminho. Um papel determinante que consiste em criar uma equipe, um ambiente, ambições; o da pessoa que explica, que convence. Em resumo, o papel do treinador, o homem mais importante nesta aventura, o mais forte, mas também o mais frágil. Só
que, depois que
a competição começou, virei um pouco espectador, dando lugar ao jogo, aos jogadores. A minha influência já não era a mesma e fiquei até impotente em alguns momentos. No fundo, eu era apenas uma peça na engrenagem.
Jacquet destaca a força coletiva como principal arma de sua equipe, mas lembra que só foi possível superar as demais seleções porque a França tinha uma indivíduo especial:
—- A França era uma equipe como um todo, com uma perfeita distribuição dos jogadores em seus melhores postos. E também tínhamos conosco o extraterrestre necessário neste tipo de competição. É claro que me refiro a Zidane. Para pretender alcançar grandes títulos, é obrigatório ter um. Um Platini, um Kopa, um Beckenbauer, um Maradona, é indispensável! Se você não possui um jogador de dimensão superior, falta algo. Nós tínhamos a solidez, um time estável, jogadores em boa forma e o mestre chegou. Foi ele que fez toda a
diferença.
Receita
Não existe receita pronta para o sucesso, mas o técnico
francês toca nos principais pontos de uma equipe vencedora: orientação segura, consciência coletiva e pelo menos um craque diferenciado. Não é o que temos hoje na maioria dos clubes brasileiros. E mesmo nas seleções tem sido difícil reunir todos os elementos referidos na receita de Jacquet. Já em 1998, quando a França ganhou o seu título, os jogadores de exceção eram raridade. Tanto que a aposentadoria de Zidane deixou o futebol órfão de craques.
Reforço
Não sei como está DAlessandro, mas lembro que ele teve um começo de carreira promissor e depois ficou um tempo sem muita evidência. É um terceiro atacante, habilidoso, que atua mais ou menos no setor de Alex. Será, se for realmente contratado, uma alternativa interessante para Tite. Ele é um dos principais jogadores do técnico Miguel Angel Russo no San Lorenzo.
Prazo
O Barcelona deu prazo de três dias para Ronaldinho resolver
sua situação, que agora se restringe a três possibilidades: a oferta
milionária do Manchester City (32 milhões de euros), a transferência para o Milan (sua preferência) ou permanecer no Barça.
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