Esperança de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim, Jade Barbosa vive um imbróglio com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) a 30 dias do início da competição. Segundo o pai da atleta, Cesar Barbosa, ela não recebe salários desde janeiro.

O contrato da atleta com a entidade venceu no início deste ano. César Barbosa disse que Jade recebia R$ 350 e um complemento variável entre as atletas da seleção. Ela recebeu duas propostas para renovação, mas não houve acordo. Desde então, está sem salários.

– O que ela recebia não era ruim, mas, no último semestre (de 2007), reclamei. De janeiro até agora, ela não recebeu nada da confederação – disse o pai, em entrevista ao jornal Extra.

Segundo o pai de Jade, a CBG apresentou duas propostas. A primeira seria oferecer um salário de R$ 250 mais R$ 100 de ajuda de custo. A outra seria um contrato pelo qual Jade ganharia R$ 350 e mais um bônus, desde que se comprometesse a fazer oito peças publicitárias para a empresa que patrocina a entidade.

A CBG confirmou que realmente não paga os salários de Jade Barbosa desde janeiro deste ano. A presidente da entidade, Vicélia Florenzano, alega que o motivo é a não concordância do pai da atleta com as cláusulas do contrato. De acordo com a dirigente, os valores oferecidos a atleta são superiores aos R$ 350 divulgados.