| 19/06/2008 06h45min
Violência, falta de portos e estradas adequadas no Brasil prejudicam as exportações do país tanto quanto as barreiras tarifárias impostas pelas economias ricas sobre os produtos nacionais.
Esse alerta é do professor do Departamento de Comércio da Universidade de Harvard Robert Lawrence, que lançou nessa quarta-feira, dia 18, em Genebra, na Suíça, um relatório inédito do Fórum Econômico Mundial apontando para o perfil fechado da política comercial brasileira. A avaliação ainda aponta que o Brasil tem uma das piores infra-estruturas em portos e estradas entre as 118 economias avaliadas, um dos piores sistemas de burocracia nas aduanas e altos custos gerados pela violência.
No início da semana, o Banco Mundial já havia lançado um ranking similar, também apontando para o caráter ainda protecionista da economia brasileira. Os dois levantamentos são apresentados em um momento crítico das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) e diante de pressões cada vez maiores para que os países emergentes abram seus mercados.
Desta vez, o ranking do Fórum Econômico Mundial conclui que o Brasil está na 80ª posição entre 118 países em termos de abertura comercial das economias. A classificação é liderada por Hong Kong e Cingapura.
– O Brasil precisa entender que seus obstáculos internos são tão prejudiciais como as barreiras que existem no Exterior para que seus produtos cheguem a diferentes mercados. Os gargalos na infra-estrutura podem eliminar qualquer competitividade do produto, mesmo que as tarifas de importação sejam baixas – disse Lawrence.
O item burocracia, por exemplo, coloca o país na 112ª posição, a qualidade dos portos, na 104ª, e estrada, na 113ª colocação.
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