| 12/06/2008 09h01min
Os sinais de aquecimento da economia, ilustrados pela "aceleração de certos preços no atacado", alta de preços de produtos no varejo e a rápida elevação das expectativas dos índices são considerados riscos para a inflação. A conclusão está na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decidiu nos dias 3 e 4 deste mês aumentar a taxa básica de juros, a Selic, de 11,75% para 12,25%, como mecanismo para conter a inflação.
"De fato, a deterioração do cenário prospectivo se manifesta nas projeções de inflação consideradas pelo comitê. O Copom considera, também, que a persistência de descompasso importante entre o ritmo de expansão da demanda e da oferta agregadas tende a exacerbar o risco para a dinâmica inflacionária".
Por isso, o comitê considerou necessário elevar os juros, para "por um lado, contribuir para a convergência entre o ritmo de expansão da demanda e oferta e, por outro, evitar que pressões originalmente isoladas sobre os índices de preços levem à deterioração persistente das expectativas e do cenário prospectivo para a inflação".
Na ata, o Copom diz ainda que, ao aumentar os juros, está contribuindo para a sustentação do crescimento da economia, o que requer estabilidade e previsibilidade, permitindo o planejamento das empresas e famílias, "bem como para resguardar os importantes incrementos na renda real dos assalariados observados nos últimos anos".
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