| 11/06/2008 19h10min
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, pediu agilidade aos bancos em relação ao início da renegociação das dívidas dos agricultores. A medida provisória com os termos da repactuação foi publicada no Diário Oficial no dia 28 do mês passado e as normas do Banco Central saíram um dia depois, mas até agora as instituições financeiras não colocaram em prática as novas regras. Por isso, o governo se reuniu nesta quarta-feira, dia 11, com representantes dos principais bancos do país para tentar encontrar uma solução para o problema.
– Todos entedem que a medida provisória é boa. Todos devem agilizar este processo e terão que ter agilidade para operacionalizar esta medida – disse Reinhold Stephanes.
Mas existe um grande entrave no processo de renegociação das dívidas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda não enviou as instruções aos bancos. Por isso, as instituições financeiras – públicas e privadas – ficam
impossibilitadas de renegociar as
operações de investimento.
– Sem essa circular do BNDES, os bancos não podem fazer a renegociação – explicou o assessor técnico da Febraban Ademiro Vian.
Ninguém da diretoria do BNDES participou da reunião, mas o governo recebeu a notícia de que o banco deve encaminhar as normas nos próximos dias, o que preocupa os deputados da Comissão de Agricultura da Câmara.
– Enquanto isso as cartinhas chegam ao interior do país cobrando os produtores rurais. Portanto, o recado que foi passado, principalmente aos bancos de fábrica, é que essas cobranças levem em consideração a realidade dos produtores – disse o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS).
Em relação aos custeios, a Febraban garantiu que os bancos já estão operando. Contudo, o ministro Stephanes informou que existe certa dificuldade e, que por isso, o governo já estuda prorrogar por mais alguns dias o início das operações.
Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, senador Neuto de Conto e ministro Reinhold Stephanes durante a reunião
Foto:
Elza Fiuza, Agência Brasil
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