| 27/05/2008 15h31min
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), confirmou nesta terça-feira que a base aliada vai apresentar um substitutivo no plenário para garantir que a regulamentação da Emenda 29 seja votada com fonte de recursos.
O novo imposto, que irá se chamar Contribuição Social para a Saúde (CSS), terá alíquota de 0,1%, e será cobrada nos mesmos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), informou Fontana.
— Trabalhamos com a idéia de um projeto de lei complementar. Vai ser um substitutivo que nós estamos preparando para incluir uma fonte efetiva (de recursos para saúde), e vamos especificar o que são gastos com a saúde — disse Fontana.
O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), rebateu a proposta. Ele afirmou que não há nada que justifique um novo imposto, já que a arrecadação do governo cresce mês a mês.
— O governo tem esses recursos. Na verdade, o governo está querendo
fazer chantagem com o Congresso. É inaceitável. O
cidadão já paga muitos impostos e vai pagar mais ainda este ano porque terá aumento de impostos. É absolutamente contraditório um governo dizer que quer a reforma tributária e queira criar uma nova contribuição — afirmou.
O presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), disse que a frente não concorda com a criação de um novo imposto.
— Não queremos a saúde vinculada a nenhum tipo de contribuição social para ficarmos reféns, como já ficamos—afirmou.
A Emenda 29 fixa valores para que a União, estados e municípios invistam em saúde, o que deve dar mais R$ 23 bilhões para o setor nos próximos quatro anos.
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