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 | 26/05/2008 10h56min

Poder público aperta o cerco contra as torcidas organizadas em Santa Catarina

Polícia Militar, Ministério Público, times e torcidas discutem medidas para evitar a violência

Representantes da Federação Catarinense de Futebol, Polícia Militar, Ministério Público Estadual, Associação de Futebol Profissional de Santa Catarina, dos times Avaí e Figueirense e das torcidas organizadas Gaviões Alvinegros (Figueirense) e Mancha Azul (Avaí) realizaram, na manhã desta segunda-feira, reunião para discutir medidas que evitem a violência entre facções adversárias nos estádios.

O encontro foi realizado no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, em Florianópolis. Entre as medidas anunciadas está a determinação de que as torcidas organizadas de times catarinenses que se envolverem em atos de vandalismo poderão ser punidas e até mesmo banidas dos estádios de futebol.

Também foi esclarecido que o termo de ajuste de conduta assinado durante o Campeonato Catarinense, que proíbe torcidas adversárias de entrarem uniformizadas nos estádios, continuará a ser aplicado. Ele será válido para os jogos de todos os campeonatos realizados no Estado.

Nos casos de violência provocados por torcidas organizadas de outros estados, foi decidido que será enviado um pedido para a promotoria do Estado desta torcida para que sejam tomadas as medias cabíveis. Se a torcida tiver histórico de problemas em Santa Catarina, não poderá vir uniformizada. Em todos os casos, os ônibus das torcidas deverão ser acompanhadas pela Polícia Militar em Santa Catarina.

Outra medida é a criação de uma portaria que proíbe, num raio de 400 metros dos estádios, a venda de bebida alcoólica três horas antes e duas horas depois dos jogos.

Santa Catarina tem sido destaque por conta da violência nos estádios de futebol. As torcidas organizadas estão na mira do poder público desde que o aposentado Ivo Costa, de 62 anos, perdeu a mão depois que um artefato explosivo o atingiu no jogo entre Criciúma e Avaí, válido pelo encerramento do primeiro turno do Catarinense. As torcidas tiveram que se cadastrar na Federação Catarinense de Futebol (FCF) e podem ser extintas caso participem de casos de violência.

Outro caso de violência aconteceu dia 18 de maio, antes do jogo entre Figueirense e Coritiba. A Império Alviverde, do Paraná, entrou em confronto com a Gaviões Alvinegros, de Florianópolis. Por isto, um dos objetivos da reunião é regulamentar a presença das organizadas de fora do Estado nos jogos catarinenses.

CBN/DIÁRIO
 
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