Criada com a meta de identificar as causas da alta dos preços dos insumos agrícolas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Adubo e Insumos Agrícolas foi instalada oficialmente na tarde dessa terça-feira, dia 20, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Com prazo regimental de 120 dias, o grupo realiza a primeira reunião às 17h da próxima segunda-feira, quando será definido o calendário de reuniões.

Autor do requerimento de criação da CPI, o deputado Edson Brum (PMDB), que também presidirá a comissão, afirma que a intenção é apontar os motivos dos reajustes nos valores cobrados pelos insumos.

– Queremos chamar atenção para o aumento abusivo – ressalta.

O parlamentar explica que o plano é ouvir representantes das empresas fabricantes de fertilizantes e examinar suas planilhas de custos. De acordo com Brum, um dos pontos da contestação seria o fato de os aumentos terem ocorrido mesmo com a valorização do real.

Brum ressalta que, além dos fabricantes de insumos, também serão examinadas questões como os custos de operação dos portos brasileiros e a carga tributária. Sobre os possíveis resultados do trabalho da comissão, Brum afirma que a meta inicial é apurar fatos como uma eventual formação de cartel e apontar sugestões.

O presidente do Sindicato da Indústria de Adubos do Rio Grande do Sul (Siargs), Torvaldo Antonio Marzolla Filho, argumenta que, por usar 100% de matérias-primas importadas, a indústria de fertilizantes tem seus preços balizados pelo mercado internacional, inflacionado pela alta demanda por commodities agrícolas:

– É uma realidade mundial.

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