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 | 19/05/2008 05h47min

Wianey Carlet: Só faltou o gol

Se Bruno, goleiro do Flamengo, saiu de campo aclamado como o craque do jogo, se a arbitragem cometeu equívocos terminais, não marcando dois pênaltis em favor do Grêmio, e se a bola encontrou defesa nas traves rubro-negras em duas oportunidades, é óbvio que o empate em zero a zero não refletiu com exatidão o que foi Grêmio e Flamengo. O Flamengo foi presenteado com um ponto que, definitivamente, não mereceu ganhar. Melhor organizado e mais determinado a vencer, o Grêmio teve bom desempenho na etapa inicial e melhorou ainda mais no segundo período, pois o vestiário fez bem ao time. Só faltou o gol. E nem deveria ter sido apenas um, tamanha foi a superioridade do Grêmio.

Algumas individualidades
Celso Roth viu Helder, garoto que o treinador lançou na lateral-esquerda, confirmar o acerto da promoção. Pelo lado esquerdo o Grêmio investiu várias vezes e por aquele setor o garoto colocou a bola na área em cruzamentos de qualidade. Rafael Carioca, outro garoto promovido por Roth, teve boa atuação. Soares e Perea só não tiveram efetividade, mas foram dois atacantes que várias vezes definiram os avanços ofensivos do Grêmio mas foram barrados pela trave, por Bruno ou, também, pela falta de melhor pontaria. O Grêmio merecia ter vencido mas, tão importante quanto os gols que faltaram, foi constatar que o time está organizado, bem escalado e estrategicamente disposto a buscar vitórias sem correr grandes riscos defensivos. Isto significa equipe equilibrada. Se houvesse vitória do Grêmio, estaria recompensado, amplamente, o grande público que foi ao Olímpico. Mas, se os gremistas não puderam festejar o gol, pelo menos puderam constatar que o time está muito bem encaminhado.

Saiu barato
Se jogos de futebol fossem decididos por pontos, segundo os méritos de cada equipe, a derrota do Inter teria sido bem maior. O Palmeiras, que perdera na estréia do Brasileirão, estava pressionado pela necessidade de reabilitação. Até os 18 minutos da etapa inicial, o time paulista enfrentou um adversário que se defendia mas, também, atacava e dava trabalho para a a defesa palmeirense. A partir deste momento, um episódio desequilibrou o jogo em favor do Palmeiras: Edinho, surpreendentemente escalado, foi expulso e desmanchou todas as idéias treinadas e preparadas para o jogo. Diferente do que tinha acontecido com o Sport que, ao perder um jogador teve uma reação coletiva de superação, o Inter foi se submetendo ao adversário até ser prensado contra a sua própria área. Faltou o exemplo e a palavra forte de uma liderança. Não se percebeu indignação com as adversidades do jogo. O Inter parece cada vez menos capaz de se motivar. O gol de Índio, no último instante da etapa inicial, não garantiu retorno do vestiário mais animado. Saiu barato, muito.

Explicações
Ouvido pelo repórter José Alberto Andrade, Fernandão concordou que vem jogando em posição recuada por determinação tática. Ontem, destacou corretamente, o seu recuo se deu pela expulsão de Edinho. Mas nos jogos anteriores tem sido orientado para jogar no meio-campo com o objetivo de deixar Alex mais adiantado. Fernandão fez questão de dizer que nada estava justificando com a explicação mas ela estava tardando a aparecer. Não se sabia se Fernandão estava fugindo da área adversária ou obedecendo ordens. Sabe-se, agora, que é por orientação de Abel Braga. Doravante, o time do Inter deve ser anunciado com Alex e Nilmar, no ataque, e Fernandão no meio-campo.

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