| 13/05/2008 08h10min
Não é todo dia que um jogo termina em 5 a 5. No Brasileiro, só aconteceu uma vez, há 10 anos, em um duelo entre Botafogo e Atlético Mineiro. E também não é toda hora que zagueiro marca dois gols. Pois Felipe Santana, autor do gol que deu o empate ao Figueirense na estréia na Série A, diante da Portuguesa, viveu os dois momentos raros no último sábado.
O primeiro gol foi marcado de cabeça e iniciou a reação alvinegra, aos 24 minutos e o segundo só veio aos 48 do segundo tempo. Foi na raça, com a ponta do pé direito, a perna esticada, aproveitando um cruzamento de Wellington Amorim e antecipando-se a três defensores atônitos com o empate.
Felipe estava na área da Lusa para aproveitar a estatura, no último lance de bola parada da partida. Em campeonato por pontos corridos, tem que tentar até o último minuto. Perder por um ou dois gols dá no mesmo, tem que arriscar para pontuar, sempre. Felipe sabia disso e ficou na área, para ver no que dava.
— Um resultado como esse nos dá ainda mais ânimo para seguir buscando os nossos objetivos. Serve como lição para a gente. Desde o início do ano, no Campeonato Catarinense, a gente teve várias experiências como essa, de ter que buscar o resultado, e nos acostumamos com isso — avalia o jogador.
Depois da partida, Felipe Santana foi para Rio Claro. Não conseguiu passar o Dia das Mães em casa, nem os pais puderam ir a São Paulo para acompanhar a partida.. O presente veio no dia certo e em dose dupla: os dois gols marcados no empate com a Lusa.
Dobradinha já tinha acontecido no Figueira
Não foi a primeira vez que Felipe Santana marcou dois em um só jogo. Pelas categorias de base do Figueira, em 2004, fez dobradinha de cabeça em um empate em 2 a 2 com o Juventude, na Taça Belo Horizonte.
— Como profissional foi a primeira vez. Eu fico feliz por ter marcado os gols, mas mais feliz ainda pela reação da equipe, por ter ajudado a conquistar o resultado, da maneira como nós conquistamos — reflete o jogador.
Enquanto os jogadores iniciam os trabalhos para o jogo contra o Coritiba, domingo, às 18h10min, no Orlando Scarpelli, a direção trabalha para reforçar o elenco. Um zagueiro, um lateral e um atacante podem ser apresentados.
— A gente tem como meta definir estas situações todas esta semana — avalia o superintendente da Figueirense Participações, Rodrigo Prisco Paraíso.
O próprio Gallo admitiu, na entrevista coletiva concedida logo após a partida, que espera por reforços em breve. O treinador lamentou a decisão do lateral-esquerdo Valmir, que estava a caminho do Scarpelli e optou por acertar com o Vasco.
— Negociações são assim mesmo. Aconteceu e a gente vai continuar atento ao mercado. A direção está trabalhando com afinco e com certeza essa semana teremos ovidades — refletiu o treinador.
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