O ex-secrectário de Planejamento, Ariosto Culau, admitiu à CPI do Detran a amizade com Lair Ferst, um dos principais suspeitos da fraude do Detran. Ele classifica o encontro com o empresário como casual, e diz que agiu de boa-fé.

Questionado pelo deputado Elvino Bohn Gass (PT) sobre como conheceu Ferst, Ariosto respondeu:

— Em uma casa noturna em Xangri-lá, na Cozumel.

Instantes depois, Bohn Gass perguntou como Lair havia se apresentado a Ariosto.

— Como empresário — respondeu Ariosto, que por duas vezes seguidas afirmou que jamais teve qualquer curiosidade de saber em que ramo Lair atuava.

Ariosto ressaltou que suas conversas com Lair Ferst eram sobre generalidades. Ele disse ter mantido de 10 a 12 encontros com o suposto lobista no último ano.

Auxiliado por uma pilha de pastas e papéis, Ariosto começou falando do início da sua trajetória profissional até o convite para trabalhar no governo Yeda Crusius. O ex-secretário ressaltou que atuou no Ministério do Planejamento a convite do titular da pasta, Paulo Bernardo.

— Me orgulha ter estudado em escolas públicas — disse o economista de 38 anos.

Depois de 18 minutos falando sobre sua carreira, Ariosto leu a carta de demissão enviada à governadora depois da polêmica do chope. Ariosto deixou o cargo após ter sido flagrado por equipe de Zero Hora em um happy hour com o empresário ligado ao PSDB e suposto lobista Lair Ferst.