| 08/05/2008 07h03min
Ao confirmar que o Brasil terá um fundo soberano entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões formado com recursos vindos de arrecadação tributária, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu musculatura a rumores que fervilharam no mercado nessa quarta-feira, dia 7.
Acentuados por uma reunião de Mantega com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, os rumores se centravam na elevação da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras, fixada em 1,5% desde 12 de março, além de suposições sobre um conjunto de medidas para conter a expansão do crédito, entre as quais a elevação dos compulsórios sobre depósitos bancários. O objetivo seria reduzir o consumo e a alta de preços.
Na saída da reunião apresentada como uma avaliação das perspectivas da economia brasileira depois da concessão do grau de investimento pela agência Standard & Poors, Mantega deu mais informações sobre a constituição do fundo soberano:
– A gente está pensando em algo como de 5% a 10% do volume de reservas. Mas não serão as reservas que serão utilizadas, é outro dinheiro.
Indagado de onde viriam os recursos, se não seriam retirados das reservas, Mantega deu um sinal de que os rumores do mercado podem ser confirmados:
– Poderá vir de fonte tributária e também da aquisição de dólares no mercado local. Aliás, o Tesouro já compra dólares, portanto está habilitado a fazer essas operações.
O encontro começou pela manhã e se estendeu durante a tarde, fazendo Lula cancelar a reunião prevista com a coordenação política do governo.
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