| 08/05/2008 08h30min
O levantador titular da Seleção Brasileira de vôlei, Marcelo Elgarten, o Marcelinho, voltará a jogar em Santa Catarina na próxima temporada. Aos 33 anos de idade, Marcelinho acertou contrato de dois anos com a Tigre/Unisul. Na temporada 2003/2004, o jogador defendeu a Unisul, na época sediada em Florianópolis.
Agora, ele vai reforçar o time do técnico Giovane Gávio, com quem jogou junto em São Paulo e na Seleção Brasileira. Confira a entrevista dada por Marcelinho, nesta quarta, por telefone, direto do Rio de Janeiro.
Diário Catarinense — Quando você fechou o acordo com a Tigre/Unisul?
Marcelinho — A data eu não sei te precisar. Eu já estava conversando com o Giovane (Gávio, técnico da Tigre/Unisul) há uns 15, 20 dias.
DC — Foi antes da decisão do campeonato grego?
Marcelinho — Antes, porque eu tinha mais um
ano de contrato na Grécia (com o Panathinaikos) e aí para eu fechar realmente eu tinha que me
desvincular do time.
DC — Como foi o teu acordo com o Panathinaikos?
Marcelinho — Eu tive que conversar com o presidente lá, porque eu não tenho empresário, procurador, eu não tenho nada disse. Então, conversei diretamente com ele numa boa. A gente tem um ótimo relacionamento.
DC — O que pesou na sua decisão de voltar para o Brasil?
Marcelinho — Primeiro foi o Giovane, porque ele é um grande amigo meu. É um profissional muito sério e da minha total confiança. E segundo o projeto que ele me apresentou. É um projeto grande, para o futuro, com patrocinadores sérios e uma cidade que me interessava muito para ir com minha família.
DC — Você já conhecia Joinville, então?
Marcelinho — É, eu já fui aí com a Seleção Brasileira jogar. Eu já morei em Santa
Catarina (Florianópolis) também. Então, eu tenho certeza que vai ser tudo maravilhoso aí em Joinville.
DC
— Você tem uma grande amizade com o Giovane. Desde de quando?
Marcelinho — Nos conhecemos em 1996, quando a gente jogou junto em São Paulo, no Suzano, e o time foi campeão. De lá, jogamos juntos na Seleção Brasileira por vários anos e essa amizade foi se consolidando.
DC — O que você tem de informação sobre o vôlei no Brasil e os times que disputam a Superliga?
Marcelinho — Tem atletas que eu não conheço no vôlei brasileiro hoje em dia. Eu sei que a Superliga está crescendo, com ginásios lotados. Está tendo uma renovação muito grande no voleibol brasileiro, com muitos jogadores na Europa. Acho que a Superliga está muito forte, muito equilibrada e tem tudo para ser uma grande competição.
DC — Quando você pretende mudar para Joinville?
Marcelinho — Isso aí é só após a Seleção, a
Olimpíada.
DC — Vem sozinho ou com a família?
Marcelinho — Com a
família. Mas minha esposa está grávida. Ela vai ter o neném no Rio de Janeiro e passado um tempinho, vai todo mundo para Joinville.
DC — Sobre a Olimpíada de Pequim, qual é o grande rival do Brasil?
Marcelinho — Não tem um só, são vários. Tem a Sérvia, a Bulgária, a Rússia, a Polônia, os Estados Unidos e a Itália. Acho que esses são os grandes favoritos e lógico, o Brasil.
DC — A Seleção deve passar por uma renovação após a Olimpíada. Os Jogos de Pequim serão a tua despedida da Seleção?
Marcelinho — É eu acredito que sim. É o caminho. Mas não tem nada definido ainda.
DC — Você vai indicar jogadores para ajudar o Giovane?
Marcelinho — Claro, sem dúvida. Eu estou a disposição para ajudar o Giovane em qualquer seguimento para que esse projeto, que essa
equipe seja um sucesso, seja um grande time, seja um exemplo para o voleibol brasileiro.
DC — O
contrato ainda não está assinado. Qual será a duração?
Marcelinho — Não está assinado. Estou indo para Joinville para assinar e terá duração de dois anos.
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