| 02/05/2008 09h21min
Emerson Leão voltou a entrar em atrito com torcedores do Santos nesta quinta-feira. Durante a partida contra o Cúcuta, que o Peixe venceu por 2 a 0, santistas acenderam sinalizadores nas arquibancadas, e a fumaça fez com que o árbitro mexicano Marco Rodríguez paralisasse o confronto, para preocupação do técnico. Na semana passada, diante do mesmo Cúcuta, o incidente já havia parado a partida que garantiu a classificação santista às oitavas-de-final da Copa Libertadores.
– Não é permitido que se tenha fumaça dentro do campo. Por que ela estava lá? É a segunda vez que isso acontece – reclamou Leão.
O treinador teme que a Conmebol puna o Santos pelo ato dos torcedores.
– Em uma dessas, o clube é responsabilizado e não podemos mais jogar aqui. Depois, não reclamem – se irritou.
– Sem fumaça, a Vila Belmiro é muito importante. Com fumaça, não. É algo bonito, mas não pode – repreendeu.
Leão lembrou que a Vila Belmiro é uma arma fundamental do Santos na Libertadores, uma vez que sua equipe só perdeu como mandante uma vez em 2008 – 2 a 1 para o Grêmio Barueri, em 31 de janeiro.
– É um estádio pequeno, vibrante, onde o time se adapta muito bem. O único jogo em que saímos derrotados foi por um erro do árbitro. Agora, temos que aumentar nosso lastro fora de casa também – objetivou.
Antes de se indignar com a fumaça causada pelos santistas, Leão já havia superado outros atritos com as torcidas uniformizadas do clube, que cobravam insistentemente sua demissão no início do ano. Na ocasião, ele acusou a perseguição da “turma do Carnaval” (maneira como chamou as organizadas, ajudadas em seus desfiles pelo desafeto Vanderlei Luxemburgo) de ser encomendada.
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