| 04/04/2008 08h48min
Num país em que o consumo por habitante de carne bovina chega a quase 70 quilos por ano, fazer um churrasco no próximo fim de semana, depois de 21 dias da greve dos produtores rurais, será motivo de festa. A carne começou a voltar nessa quinta-feira, dia 3, ao comércio na Argentina, assim como frutas, verduras e laticínios. A expectativa é de que na próxima semana o fornecimento dos produtos básicos esteja normalizado no país.
O locaute (greve patronal) e bloqueio de rodovias feito por produtores rurais provocou desabastecimento na Argentina nas últimas três semanas. O problema a ser enfrentado agora pelos consumidores é o preço dos alimentos, que tiveram altas abusivas, observam consumidores.
O gerente do mercado central de Buenos Aires, onde frutas e verduras são vendidas no atacado, Guillermo Cosentino, informou que "aos poucos, o abastecimento começou a se normalizar". Cosentino disse à rádio La Red que ontem chegaram ao mercado cerca de 300 caminhões com mercadorias, quando normalmente são cerca de cem.
O presidente da Câmara de Indústria e Comércio de Carnes, Miguel Esquiariti, anunciou que a indústria retomou o trabalho e produção está quase normal.
Pilotos fazem rápida paralisação
Um outro movimento causou transtornos ontem na Argentina, mas desta vez o problema foi nos aeroportos. Pilotos da Aerolíneas Argentinas paralisaram os vôos durante a manhã depois da saída do gerente de operações da companhia, Daniel Ribas. Como o funcionário voltou ao cargo à tarde, os vôos foram retomados, com muitas horas de atraso.
O presidente da Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (Apla), Jorge Pérez Tamayo, esclareceu que a recusa dos pilotos em voar "não foi uma greve", porque a legislação determina que se uma companhia aérea não tem um responsável de operações interino, "não há condições técnicas de segurança mínimas para operar".
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